28 setembro 2006

Queria ser o Bloo....



Eu não sei mais o que fazer. Esse blog tem ido contra vários impulsos meus. Ao menos ele não é lido. Que é o que me fez ainda não desistir dele. Eu tenho odiado a internet, sinto-me cada vez mais um prisioneiro dela. Tudo o que eu queria estar lendo não estou. O que eu queria estar fazendo, eu sempre lembro com atraso. Ou seja, simplesmente parei de me viver. Eu, um rapaz de mente perturbada como sou, tenho minhas idéias e minhas “nóias”. E a anti-sociabilidade é uma das minhas maiores ambições, sempre foi, já a tive, cansei-me dela e agora a quero de volta. É complicado tentar explicar. Mas faz parte de mim. Poder-se-ia dizer que faz parte de uma auto-afirmação minha, já me disseram isso, será? Às vezes eu acho que sim. Mas não sei. Por muitas horas já me peguei querendo que ninguém gostasse de mim, para que eu pudesse vagar feito um fantasma: despercebido. A verdade de tudo isso é claro que não vou contar aqui, ainda não confio o suficiente em alguém. Meus segredos são os mais ideais possíveis. Só eu os sei.
Eu queria ser o Bloo. Adoro-o. Pra mim é a personagem mais redonda que já vi. Quero conseguir figurinhas sem depender de quem as confecciona, quero ser o melhor amigo imaginário de alguém.
Escrevendo sem a ajuda do word...



Seria de desanimar o fato de que até agora esse blog não me deu retorno algum, minha sorte é eu gostar tanto de escrever. Perseverança. Sou brasileiro e não desisto nunca. Desisti, ao menos, de conseguir algum tipo de fama com isso aqui. Primeiro por que eu não escrevo nada de mais que faria com que pessoas tivessem a necessidade de me lerem sempre, segundo por que sei lá, mas não é muito o meu sonho ser famoso por um blog.
Fato é que eu só estou escrevendo esse monte de coisas nada a ver por não estar com vontade alguma de escrever. Mas eu me propus a escrever todos os dias, e é isso que acho que venho fazendo. Ah, também existe o fato de que eu inscrevi esse blog no site da Coca-Cola. Confesso, disse que não queria fama, mas quero sim.
Outra coisa que me levou a escrever aqui foi a falta do que fazer equanto espero minha mais nova série favorita começar. A série? The Bedford Diaries. Meio que me incentivou a escrever um, digamos assim, diário como esse.
Amanhã vou ter aula de direção. Deixa eu ver se não me esqueci: primeiro eu preciso me sentar, arrumar os bancos e espelhos, então dou partida, com o carro em ponto-morto e freio de mão puxado, no carro. Após essas pequenas coisinhas, ligo a seta para a esquerda, piso fundo na embreagem e ponho uma primeira, vou soltando a embreagem até chegar no ponto, O PONTO, que é quando o carro começa a querer abaixar e subir e está quase morrendo, então solto o feio-de-mão e vou acelerando aos poucos. O carro, assim, vai começar a se movimentar. Desligo a seta após sair completamente da parada. O carro é feito um animal, e se alimenta de potência e velocidade, assim, quando ele fica com fome, a gente sabe, e precisa engrenar uma segundinha, para isso eu preciso soltar o pé do acelerador, pisar na embreagem até o fim, e passar pra 2ª. Vou transitar levemente pela pista....
Risível? Sei lá, necessário!
Final de semana promete? Pretendo comprar uma garrafa de absinto, se eu conseguir... acho que daí sim.
Vou parar de chatear vocês com essa embromação toda. T´chau.

OBS.: Além de escrever sem o corretor do word, eu não revi nada no texto, preguiça mental.

26 setembro 2006

Triste.




De tudo que me queria
Nada tive.
Daquilo que nem considerava
Consegui o meu quinhão.
Sou um cara triste.
Triste e só.
Que viu seus sonhos ruirem.
Sem nem sequer um concretizar.
Explicações.

A primeira vista pode parecer que esse blog foi invadido ou sei lá. Talvez o dono esteja querendo chamar atenção, não sabe como usar tecnologias inovadoras ou simplesmente ficou louco. Haja vista que daqui pra baixo aparecerão textos de manifestação, textos iguais mais com formatações diferentes, eu me senti na obrigação de me explicar. Aconteceu o seguinte, tentando postar o texto “Convite; convida-me?”, nada acontecia. Primeiro pensei que era culpa da imagem ser grande, depois o texto ser grande, por fim que o blog havia pifado de vez. Então comecei a atualizar, mandar o texto com novos formatos e fazer manifestações de revolta. De repente, o que acontece? Todos os textos aparecem de uma só vez. Fiquei encafifado e já ia deletar os erros quando pensei: pra que? Claro, poderia usar os erros para mostrar como adoro postar, pois como vocês poderão ver abaixo pelas horas, perdi muito tempo, para não deixar o blog sem atualização.
Então é isso, leiam só o primeiro texto que tenha o convitinho do Hopi Hare, que os outros são todos iguais. E preparem-se para a teoria Jesus = Zangão.
Estou a duas horas tentando postar, até agora não tive êxito. Então resolvi fazer um textículo, afinal, podia estar sofrendo alguma restrição de espaço, ou postagens ou sei lá o quê. Sabe como é, né? Essas coisas meio que comerciais são assim, dão uma liberdade e depois começam a nos podar aos poucos. Então, para, além de fazer um teste, demonstrar minha revolta com este sistema de blog, faço esse post.
Essa porra não quer postar um texto que eu fiz, não estou entendo o porquê. Resolvi fazer um textículo, se ele for, será um teste e uma manifestação de revolta contra o Blogspot.
Convite; convida-me?



O mais legal em se ver filmes “sessão da tarde” é se deixar levar pela emoção que eles tentam destilar. Eles são uma droga, não por serem ruins, quer dizer, também por isso, mas principalmente por serem paliativos. Todo filme desse estilo nos comove, convenhamos, misturam a música certa, o cenário e nos levam na maior maciota. Mas é só passar um tempinho, dependendo do seu nível de vício, minutos, você começa a julgá-lo como se fosse o pior filme do mundo, então você assiste a outro parecido, por que todos são, sente as mesmas coisas, a felicidade deliciosa de ver a mocinha e mocinho juntos, o tesão pelo amor alheio, etc. e tal. É uma máfia que quer nos viciar em droga cada vez pior, querem nos lambuzar num melado cada vez mais doce. Cheguei a essa conclusão porque acabei de ver um desses. Fiquei até abalado, foi mais forte o nível “alucinógeno” desse. Nunca tinha provado uma droga tão grande. Os efeitos colaterais foram tantos que estou até comentando um fato, constrangedor, que eu nunca deveria revelar. Odeio esses filmes, mas quando rola de passar por um deles, não me contenho, sim, já sou um viciado mesmo.
Depois desse desabafo, precisado ressalte-se, vamos falar de coisas sérias. Morreu um professor da minha faculdade hoje, nunca tinha tido aula com ele, mas sei lá, fiquei triste. A faculdade deve ter perdido uma das pessoas mais decentes que houveram de existir. Não sei por que digo isso, nem conheci muito o cara, mas algo me diz que é assim que eu devo me sentir. Que devo ficar muito triste, pois a nesga escura fechou-se um poucos mais, e se eu me conformar simplesmente, ela vai acabar me sufocando. Mas isso é uma outra história que ainda não estou preparado para relatar. Sei que tenho que tomar cuidado com a minha vista e parar de ficar usando óculos escuros de camelô, podem não escurecer muito, mas detonam com a visão. Achou que vou dar uma de Bono Vox e usar óculos coloridos, de marca, pois não mudam quase nada. Eu reli uma coisa que tinha lido no começo do ano. Momentinho mais “O Diabo Veste Prada”. Comecei a entrar em muitos detalhes, melhor parar por aqui. Se se interessarem por saber o porquê, é só me perguntar, se me sentir seguro junto a ti, contar-lhe-ei tudo. Por enquanto, o túmulo se fechou.
Esse parágrafo não era pra existir, mas achei muito cedo terminar o texto, e o fim dele eu achei bom o suficiente para continuar sendo o fim. Então vou escrever mais algumas coisinhas entre o texto e o fim dele. Entendeu? Não que eu tenha mais muito que dizer, na verdade nunca o tenho. Mas gosto de fazer como agora, passar um café na cafeteira, colocar uma musiquinha mais calma e martelar o teclado. Desse modo eu fico tão feliz, sim, sinto que sou um tipo de deus, afinal, sinto-me capaz de criar. Nesse ponto invejo as mulheres que dão à luz serezinhos como nós. Eu tenho que qualquer dia desses, agora que lembrei, contar-lhes a teoria de uma amiga minha, que diz que Jesus, para ela, é igual um zangão, do ponto de vista de como foi gerado. Se eu não me esquecer, eu conto essa história, ou hoje mais tarde, ou mais tarde quando já for amanhã, depende apenas da minha disposição, veremos, veremos. Mas acho que já ta bom ir parando, estou começando a me cansar. Quer dizer, estava, o café parece que fez efeito só agora. Eu sou realmente muito engraçado, confirmo, eu mesmo, isso. É sempre assim, tomo uma cafeteira inteira e depois, quando começo a ficar extremamente excitado, que é sempre quando não preciso mais dessa sensação, eu começo a tomar calmante. Até me lembrei da velhinha do topa na pantera: “Fuma um, toma um chá, fuma um, toma um chá”. Acho que estou indo pro mesmo caminho que ela, só que no meu caso a culpa é do café. Triste há de se dizer. Depende do ponto de vista. A última que se falarei hoje antes de finalizar é sobre a imagem, convite do Hopi Hare, que faço a alguém: você não quer me levar lá não?
Tentei colocar esse texto ontem, mas já virou hoje. Adoro pensar na metafísica das convenções humanas. São tão doidas. O virar do dia, as somas, os dias, as horas... a vida?
O mais legal em se ver filmes “sessão da tarde” é se deixar levar pela emoção que eles tentam destilar. Eles são uma droga, não por serem ruins, quer dizer, também por isso, mas principalmente por serem paliativos. Todo filme desse estilo nos comove, convenhamos, misturam a música certa, o cenário e nos levam na maior maciota. Mas é só passar um tempinho, dependendo do seu nível de vício, minutos, você começa a julgá-lo como se fosse o pior filme do mundo, então você assiste a outro parecido, por que todos são, sente as mesmas coisas, a felicidade deliciosa de ver a mocinha e mocinho juntos, o tesão pelo amor alheio, etc. e tal. É uma máfia que quer nos viciar em droga cada vez pior, querem nos lambuzar num melado cada vez mais doce. Cheguei a essa conclusão porque acabei de ver um desses. Fiquei até abalado, foi mais forte o nível “alucinógeno” desse. Nunca tinha provado uma droga tão grande. Os efeitos colaterais foram tantos que estou até comentando um fato, constrangedor, que eu nunca deveria revelar. Odeio esses filmes, mas quando rola de passar por um deles, não me contenho, sim, já sou um viciado mesmo.
Depois desse desabafo, precisado ressalte-se, vamos falar de coisas sérias. Morreu um professor da minha faculdade hoje, nunca tinha tido aula com ele, mas sei lá, fiquei triste. A faculdade deve ter perdido uma das pessoas mais decentes que houveram de existir. Não sei por que digo isso, nem conheci muito o cara, mas algo me diz que é assim que eu devo me sentir. Que devo ficar muito triste, pois a nesga escura fechou-se um poucos mais, e se eu me conformar simplesmente, ela vai acabar me sufocando. Mas isso é uma outra história que ainda não estou preparado para relatar. Sei que tenho que tomar cuidado com a minha vista e parar de ficar usando óculos escuros de camelô, podem não escurecer muito, mas detonam com a visão. Achou que vou dar uma de Bono Vox e usar óculos coloridos, de marca, pois não mudam quase nada. Eu reli uma coisa que tinha lido no começo do ano. Momentinho mais “O Diabo Veste Prada”. Comecei a entrar em muitos detalhes, melhor parar por aqui. Se se interessarem por saber o porquê, é só me perguntar, se me sentir seguro junto a ti, contar-lhe-ei tudo. Por enquanto, o túmulo se fechou.
Esse parágrafo não era pra existir, mas achei muito cedo terminar o texto, e o fim dele eu achei bom o suficiente para continuar sendo o fim. Então vou escrever mais algumas coisinhas entre o texto e o fim dele. Entendeu? Não que eu tenha mais muito que dizer, na verdade nunca o tenho. Mas gosto de fazer como agora, passar um café na cafeteira, colocar uma musiquinha mais calma e martelar o teclado. Desse modo eu fico tão feliz, sim, sinto que sou um tipo de deus, afinal, sinto-me capaz de criar. Nesse ponto invejo as mulheres que dão à luz serezinhos como nós. Eu tenho que qualquer dia desses, agora que lembrei, contar-lhes a teoria de uma amiga minha, que diz que Jesus, para ela, é igual um zangão, do ponto de vista de como foi gerado. Se eu não me esquecer, eu conto essa história, ou hoje mais tarde, ou mais tarde quando já for amanhã, depende apenas da minha disposição, veremos, veremos. Mas acho que já ta bom ir parando, estou começando a me cansar. Quer dizer, estava, o café parece que fez efeito só agora. Eu sou realmente muito engraçado, confirmo, eu mesmo, isso. É sempre assim, tomo uma cafeteira inteira e depois, quando começo a ficar extremamente excitado, que é sempre quando não preciso mais dessa sensação, eu começo a tomar calmante. Até me lembrei da velhinha do topa na pantera: “Fuma um, toma um chá, fuma um, toma um chá”. Acho que estou indo pro mesmo caminho que ela, só que no meu caso a culpa é do café. Triste há de se dizer. Depende do ponto de vista. A última que se falarei hoje antes de finalizar é sobre a imagem, convite do Hopi Hare, que faço a alguém: você não quer me levar lá não?
Tentei colocar esse texto ontem, mas já virou hoje. Adoro pensar na metafísica das convenções humanas. São tão doidas. O virar do dia, as somas, os dias, as horas... a vida?
Convite; convida-me?


O mais legal em se ver filmes “sessão da tarde” é se deixar levar pela emoção que eles tentam destilar. Eles são uma droga, não por serem ruins, quer dizer, também por isso, mas principalmente por serem paliativos. Todo filme desse estilo nos comove, convenhamos, misturam a música certa, o cenário e nos levam na maior maciota. Mas é só passar um tempinho, dependendo do seu nível de vício, minutos, você começa a julgá-lo como se fosse o pior filme do mundo, então você assiste a outro parecido, por que todos são, sente as mesmas coisas, a felicidade deliciosa de ver a mocinha e mocinho juntos, o tesão pelo amor alheio, etc. e tal. É uma máfia que quer nos viciar em droga cada vez pior, querem nos lambuzar num melado cada vez mais doce. Cheguei a essa conclusão porque acabei de ver um desses. Fiquei até abalado, foi mais forte o nível “alucinógeno” desse. Nunca tinha provado uma droga tão grande. Os efeitos colaterais foram tantos que estou até comentando um fato, constrangedor, que eu nunca deveria revelar. Odeio esses filmes, mas quando rola de passar por um deles, não me contenho, sim, já sou um viciado mesmo.
Depois desse desabafo, precisado ressalte-se, vamos falar de coisas sérias. Morreu um professor da minha faculdade hoje, nunca tinha tido aula com ele, mas sei lá, fiquei triste. A faculdade deve ter perdido uma das pessoas mais decentes que houveram de existir. Não sei por que digo isso, nem conheci muito o cara, mas algo me diz que é assim que eu devo me sentir. Que devo ficar muito triste, pois a nesga escura fechou-se um poucos mais, e se eu me conformar simplesmente, ela vai acabar me sufocando. Mas isso é uma outra história que ainda não estou preparado para relatar. Sei que tenho que tomar cuidado com a minha vista e parar de ficar usando óculos escuros de camelô, podem não escurecer muito, mas detonam com a visão. Achou que vou dar uma de Bono Vox e usar óculos coloridos, de marca, pois não mudam quase nada. Eu reli uma coisa que tinha lido no começo do ano. Momentinho mais “O Diabo Veste Prada”. Comecei a entrar em muitos detalhes, melhor parar por aqui. Se se interessarem por saber o porquê, é só me perguntar, se me sentir seguro junto a ti, contar-lhe-ei tudo. Por enquanto, o túmulo se fechou.
Esse parágrafo não era pra existir, mas achei muito cedo terminar o texto, e o fim dele eu achei bom o suficiente para continuar sendo o fim. Então vou escrever mais algumas coisinhas entre o texto e o fim dele. Entendeu? Não que eu tenha mais muito que dizer, na verdade nunca o tenho. Mas gosto de fazer como agora, passar um café na cafeteira, colocar uma musiquinha mais calma e martelar o teclado. Desse modo eu fico tão feliz, sim, sinto que sou um tipo de deus, afinal, sinto-me capaz de criar. Nesse ponto invejo as mulheres que dão à luz serezinhos como nós. Eu tenho que qualquer dia desses, agora que lembrei, contar-lhes a teoria de uma amiga minha, que diz que Jesus, para ela, é igual um zangão, do ponto de vista de como foi gerado. Se eu não me esquecer, eu conto essa história, ou hoje mais tarde, ou mais tarde quando já for amanhã, depende apenas da minha disposição, veremos, veremos. Mas acho que já ta bom ir parando, estou começando a me cansar. Quer dizer, estava, o café parece que fez efeito só agora. Eu sou realmente muito engraçado, confirmo, eu mesmo, isso. É sempre assim, tomo uma cafeteira inteira e depois, quando começo a ficar extremamente excitado, que é sempre quando não preciso mais dessa sensação, eu começo a tomar calmante. Até me lembrei da velhinha do topa na pantera: “Fuma um, toma um chá, fuma um, toma um chá”. Acho que estou indo pro mesmo caminho que ela, só que no meu caso a culpa é do café. Triste há de se dizer. Depende do ponto de vista. A última que se falarei hoje antes de finalizar é sobre a imagem, convite do Hopi Hare, que faço a alguém: você não quer me levar lá não?
Tentei colocar esse texto ontem, mas já virou hoje. Adoro pensar na metafísica das convenções humanas. São tão doidas. O virar do dia, as somas, os dias, as horas... a vida?


Convite; convida-me?


O mais legal em se ver filmes “sessão da tarde” é se deixar levar pela emoção que eles tentam destilar. Eles são uma droga, não por serem ruins, quer dizer, também por isso, mas principalmente por serem paliativos. Todo filme desse estilo nos comove, convenhamos, misturam a música certa, o cenário e nos levam na maior maciota. Mas é só passar um tempinho, dependendo do seu nível de vício, minutos, você começa a julgá-lo como se fosse o pior filme do mundo, então você assiste a outro parecido, por que todos são, sente as mesmas coisas, a felicidade deliciosa de ver a mocinha e mocinho juntos, o tesão pelo amor alheio, etc. e tal. É uma máfia que quer nos viciar em droga cada vez pior, querem nos lambuzar num melado cada vez mais doce. Cheguei a essa conclusão porque acabei de ver um desses. Fiquei até abalado, foi mais forte o nível “alucinógeno” desse. Nunca tinha provado uma droga tão grande. Os efeitos colaterais foram tantos que estou até comentando um fato, constrangedor, que eu nunca deveria revelar. Odeio esses filmes, mas quando rola de passar por um deles, não me contenho, sim, já sou um viciado mesmo.
Depois desse desabafo, precisado ressalte-se, vamos falar de coisas sérias. Morreu um professor da minha faculdade hoje, nunca tinha tido aula com ele, mas sei lá, fiquei triste. A faculdade deve ter perdido uma das pessoas mais decentes que houveram de existir. Não sei por que digo isso, nem conheci muito o cara, mas algo me diz que é assim que eu devo me sentir. Que devo ficar muito triste, pois a nesga escura fechou-se um poucos mais, e se eu me conformar simplesmente, ela vai acabar me sufocando. Mas isso é uma outra história que ainda não estou preparado para relatar. Sei que tenho que tomar cuidado com a minha vista e parar de ficar usando óculos escuros de camelô, podem não escurecer muito, mas detonam com a visão. Achou que vou dar uma de Bono Vox e usar óculos coloridos, de marca, pois não mudam quase nada. Eu reli uma coisa que tinha lido no começo do ano. Momentinho mais “O Diabo Veste Prada”. Comecei a entrar em muitos detalhes, melhor parar por aqui. Se se interessarem por saber o porquê, é só me perguntar, se me sentir seguro junto a ti, contar-lhe-ei tudo. Por enquanto, o túmulo se fechou.
Esse parágrafo não era pra existir, mas achei muito cedo terminar o texto, e o fim dele eu achei bom o suficiente para continuar sendo o fim. Então vou escrever mais algumas coisinhas entre o texto e o fim dele. Entendeu? Não que eu tenha mais muito que dizer, na verdade nunca o tenho. Mas gosto de fazer como agora, passar um café na cafeteira, colocar uma musiquinha mais calma e martelar o teclado. Desse modo eu fico tão feliz, sim, sinto que sou um tipo de deus, afinal, sinto-me capaz de criar. Nesse ponto invejo as mulheres que dão à luz serezinhos como nós. Eu tenho que qualquer dia desses, agora que lembrei, contar-lhes a teoria de uma amiga minha, que diz que Jesus, para ela, é igual um zangão, do ponto de vista de como foi gerado. Se eu não me esquecer, eu conto essa história, ou hoje mais tarde, ou mais tarde quando já for amanhã, depende apenas da minha disposição, veremos, veremos. Mas acho que já ta bom ir parando, estou começando a me cansar. Quer dizer, estava, o café parece que fez efeito só agora. Eu sou realmente muito engraçado, confirmo, eu mesmo, isso. É sempre assim, tomo uma cafeteira inteira e depois, quando começo a ficar extremamente excitado, que é sempre quando não preciso mais dessa sensação, eu começo a tomar calmante. Até me lembrei da velhinha do topa na pantera: “Fuma um, toma um chá, fuma um, toma um chá”. Acho que estou indo pro mesmo caminho que ela, só que no meu caso a culpa é do café. Triste há de se dizer. Depende do ponto de vista. A última que se falarei hoje antes de finalizar é sobre a imagem, convite do Hopi Hare, que faço a alguém: você não quer me levar lá não?
Tentei colocar esse texto ontem, mas já virou hoje. Adoro pensar na metafísica das convenções humanas. São tão doidas. O virar do dia, as somas, os dias, as horas... a vida?
Convite; convida-me?


O mais legal em se ver filmes “sessão da tarde” é se deixar levar pela emoção que eles tentam destilar. Eles são uma droga, não por serem ruins, quer dizer, também por isso, mas principalmente por serem paliativos. Todo filme desse estilo nos comove, convenhamos, misturam a música certa, o cenário e nos levam na maior maciota. Mas é só passar um tempinho, dependendo do seu nível de vício, minutos, você começa a julgá-lo como se fosse o pior filme do mundo, então você assiste a outro parecido, por que todos são, sente as mesmas coisas, a felicidade deliciosa de ver a mocinha e mocinho juntos, o tesão pelo amor alheio, etc. e tal. É uma máfia que quer nos viciar em droga cada vez pior, querem nos lambuzar num melado cada vez mais doce. Cheguei a essa conclusão porque acabei de ver um desses. Fiquei até abalado, foi mais forte o nível “alucinógeno” desse. Nunca tinha provado uma droga tão grande. Os efeitos colaterais foram tantos que estou até comentando um fato, constrangedor, que eu nunca deveria revelar. Odeio esses filmes, mas quando rola de passar por um deles, não me contenho, sim, já sou um viciado mesmo.
Depois desse desabafo, precisado ressalte-se, vamos falar de coisas sérias. Morreu um professor da minha faculdade hoje, nunca tinha tido aula com ele, mas sei lá, fiquei triste. A faculdade deve ter perdido uma das pessoas mais decentes que houveram de existir. Não sei por que digo isso, nem conheci muito o cara, mas algo me diz que é assim que eu devo me sentir. Que devo ficar muito triste, pois a nesga escura fechou-se um poucos mais, e se eu me conformar simplesmente, ela vai acabar me sufocando. Mas isso é uma outra história que ainda não estou preparado para relatar. Sei que tenho que tomar cuidado com a minha vista e parar de ficar usando óculos escuros de camelô, podem não escurecer muito, mas detonam com a visão. Achou que vou dar uma de Bono Vox e usar óculos coloridos, de marca, pois não mudam quase nada. Eu reli uma coisa que tinha lido no começo do ano. Momentinho mais “O Diabo Veste Prada”. Comecei a entrar em muitos detalhes, melhor parar por aqui. Se se interessarem por saber o porquê, é só me perguntar, se me sentir seguro junto a ti, contar-lhe-ei tudo. Por enquanto, o túmulo se fechou.
Esse parágrafo não era pra existir, mas achei muito cedo terminar o texto, e o fim dele eu achei bom o suficiente para continuar sendo o fim. Então vou escrever mais algumas coisinhas entre o texto e o fim dele. Entendeu? Não que eu tenha mais muito que dizer, na verdade nunca o tenho. Mas gosto de fazer como agora, passar um café na cafeteira, colocar uma musiquinha mais calma e martelar o teclado. Desse modo eu fico tão feliz, sim, sinto que sou um tipo de deus, afinal, sinto-me capaz de criar. Nesse ponto invejo as mulheres que dão à luz serezinhos como nós. Eu tenho que qualquer dia desses, agora que lembrei, contar-lhes a teoria de uma amiga minha, que diz que Jesus, para ela, é igual um zangão, do ponto de vista de como foi gerado. Se eu não me esquecer, eu conto essa história, ou hoje mais tarde, ou mais tarde quando já for amanhã, depende apenas da minha disposição, veremos, veremos. Mas acho que já ta bom ir parando, estou começando a me cansar. Quer dizer, estava, o café parece que fez efeito só agora. Eu sou realmente muito engraçado, confirmo, eu mesmo, isso. É sempre assim, tomo uma cafeteira inteira e depois, quando começo a ficar extremamente excitado, que é sempre quando não preciso mais dessa sensação, eu começo a tomar calmante. Até me lembrei da velhinha do topa na pantera: “Fuma um, toma um chá, fuma um, toma um chá”. Acho que estou indo pro mesmo caminho que ela, só que no meu caso a culpa é do café. Triste há de se dizer. Depende do ponto de vista. A última que se falarei hoje antes de finalizar é sobre a imagem, convite do Hopi Hare, que faço a alguém: você não quer me levar lá não?
Tentei colocar esse texto ontem, mas já virou hoje. Adoro pensar na metafísica das convenções humanas. São tão doidas. O virar do dia, as somas, os dias, as horas... a vida?

25 setembro 2006


Queria poder ser um infortúnio na vida de alguém, mas será que já não o sou? Fiquei divagando nO Estorvo, do Chico, será que eu vou no futuro ser igual ao EU daquele livro? Não sei amanhã, mas hoje eu sou, um estorvo no mundo das palavras.
Estou muito cansado. Comecei a me cansar disso aqui, e vejam só, só fazem três dias que escrevo. Confesso que escrevi até que bastante, mas é como eu dizia, escrever é um dos meus maiores prazeres individuais. É um prazer sem tamanho.
Vamos aos fatos. Sai de casa, e fui caminhando por uma rua triste, que só é triste hoje, Domingo serenoso, cheguei numa rua que é sempre confusa, queria me atirar em meio à confusão, mas morrer na Consolação é de deixar qualquer um desconsolado (argh).
Quando eu cheguei à ponte, vi que lá em baixo, onde eu estava indo, estava bem cheio. Isso me encheu de alegrias. Odeio esperar ônibus em ponto vazio. Desci a escadaria do calvário de meus temores. Mas sorte minha ninguém estava pra me açoitar. Esperando, vi-a passar e sentar e jogar os cabelos pra trás com tamanha delícia, que nem sei como estou aqui. Ela achou que estava na hora de se ir, levantou-se, mas o ônibus que passou não era o dela. Sentou-se novamente. Mas dessa vez, antes de o fazer, olhou para mim. Sentou-se suavemente, como que a dizer que queria era sentar em mim, e que sentaria tão maciamente, que era só prazer o que eu poderia sentir. E lancei-lhe o meu olhar, como que a dizer, sente-se em mim, e não sentirá dor alguma, só sentirá se preencher, de um amor tão grande, que nunca irá querer ir embora. Nada aconteceu, afinal, como vocês percebem, estou aqui, e se tivesse acontecido, aqui eu nunca voltaria. Nesse transloucado ir e vir de pensamentos e olhares, meu ônibus chegou. Fui para onde estava indo. Mas como sempre, a viagem só começa quando o transporte citado lota. Aí sim é uma verdadeira viagem. Começamos a roçar nossos corpos vigorosamente, e o referido veículo estava recém lavado. Muita água no chão, e nós, muitos suores nos corpos. É feito uma dança, cada um escolhe seu parceiro e começa a curtição. Sorte minha ter sido muito bem escolhido por uma loirinha fogosa. Comecei a pensar que eu era o Tato e ela a Cicarelli. Mas eu não estava afim de ser preso por pouco.
Eu queria era ter passado despercebido pelo mundo, hoje ao menos. Ser invisível. Se fosse pra causar, teria de ser como quase foi com a loirinha, mas eu ia querer alguém que valesse a pena, a Cicarelli não, eu ia querer a Xuxa, só pra ouvir que eu sou um sabonetinho (bleh).
Mas não foi hoje que tive um, ao menos, de meus sonhos realizados. Contentei-me em ir na festa da minha prima, conversar com meus tios, comer, ganhar uma “marmita” de sanduíches. O que me ganhou o dia, na verdade, foi sentar-me no metrô. Consegui encontrar pessoas mais “doidas” (de legais) que eu. Elas coreografavam os movimentos de parada, aceleração e as curvas. Espetáculo maravilhoso, melhor ainda foi o momento em que, de maneira muito organizada, já tendo pressentido que uma freada muito brusca viria, eles caíram no chão com um baque surdo. Foi catártico. Me levantei no ato, urrei e bradei Bravos até não poder mais, mas foi estranho, parece que eles eram anti-atores, não gostaram muito das minhas saudações e cumprimentos.
Quando eu fiz a baldeação o espetáculo continuou. Sentado eu estava quando entraram alguns amigos, muito felizes e cochichando distribuíram seus papéis. E começaram, eram jovens que haviam acabado de sair de alguma festa boa, tamanho era o grau de ebriedade. Um se agarrou na barra superior esquerda do vagão e não havia nada que o tirasse de lá. Outro sentou-se com o rosto entre as mãos. Alguns ficaram de pé, meramente encostados. Então começaram a falar alto, consegui pegar o mote da história, não muito bem, pois os temas iam e vinham em minha direção feito cavalos selvagens, aos borbotões. Finalmente entendi o ato que começava. Um tinha ficado com a namorada do outro, sem que esse soubesse, e o burro do corneante deu com a língua nos dentes, contou tudo pro traído. Esse, feito um touro, e pelos chifres encarnou perfeitamente, levantou bufando e deu um coice bem no meio do peito daquele, que girou no ar e parecia que ia se estupefazer no chão, mas não, deu uma risada, teve um soluço. Eu ia aplaudir a brilhante encenação, mas o que havia sido soluço, na verdade era uma ânsia e ele pôs-se a vomitar na minha direção. Tive que ir pro fundo do metrô. Mas não sem antes lançar um olhar irônico para os atores, fazer uma reverência e sair andando com algumas risadas permeando meus respirares.
Por fim cheguei em casa, e chorei, pois todo o meu dia fora perdido, uma vez que o dormi todo.
A culpa é do café



O coração bate acelerado
E a ânsia que me vem
È da ansiedade
Culpa da falta que sinto de você

Eu me desintegro em mil partículas
Do que fôramos há muito tempo
Perco-me no infortúnio de nossa separação
E sofro, sofro muito
Por ainda estar assim
Se eu te perdi.
Que se me perder é triste
Eu triste não mais serei.
Não agüento mais a ingratidão e falta de inconstância
Expero que experando o mundo me expere
E pare
Pare em mim
Pra que parado eu não tenha mais como me perder de você

Se eu continuar nesse desloucamento descontinuado
O que será de mim?
Serei só um pedaço de pó

Ai ai
Como eu queria ser seu pai
E poder me abusar de você
Enquanto Você gritasse
Ai ai paizin não faiz assim
Me pega por trás
Preu gozar benzim...

24 setembro 2006


"Dizem que em algum lugar, parece que no Brasil, existe um homem feliz."
Se eu pudesse usar todo o meu poder o que eu faria? Faria que este domingo não estivesse tão cinzento e chuvoso e que ela estivesse comigo. O "ela" poderia ser qualquer uma, eu só queria ter uma "ela" agora pra ir comigo na festinha de uma prima. Por que não? Mas como eu não tenho, rumino. Com todo o meu poder o que eu poderia fazer? Nada , afinal, usar todo o poder é ser louco. E os loucos perdem seus poderes para uma camisa de força. Bem, eu usei a letra da música Yeah Yeah Yeah Song pra refletir o que eu faria com todo o meu poder. Eu queria fazer tudo aquilo, acabar com o mundo com apenas o uso de um botão, fazer com que todos ficassem pobres pra que só eu fosse rico. Adoraria não ter que trabalhar, ser cigarra, cantando enquanto vocês trabalhariam. Queria pegar todo o amor do mundo pra mim, e não ter que dar nada em troca. Eu iria querer tudo porque não me conheço.
Tudo isso por causa dessa maldita chuva. Sereno da terra que garoa. Odeio quando fica assim, feito um lusco-fusco. Arre, por que não fica de um jeito ou de outro? Intermitências são ridículas. Mas como eu dizia, eu queria a minha ela. A minha amada pessoa maior. Ontem conheci umas meninas até que legais. Mas elas não me queriam, queriam o meu sexo. Fiquei refletindo, após meu primeiro cachê como puto, se eu seria feliz assim, vendendo meu prazer, por que sim, eu gozo e gosto muito de ser como sou. Bem, não vou parar por enquanto não, o dinheiro que ontem ganhei, ia demorar um ano pra juntar, mas vou gastar agora, todo, sem nem pestanejar, pra não ter que lembrar, que me vendi, pra não mais te amar.
Pronto, tirando esses cinco minutos melancolia, eu estou hoje é muito bem. Quero dançar, festejar em festa de prima pequena, conversar com tios mais velhos. Quero continuar rindo, antes que voltem a rir de mim. Não riam de mim, riam para mim. Ou comigo da nossa imbecilidade.
Ei ei ei ei ei ei ei...... alguém me disse que a vida era triste, balela, Maiakovski disse que existia sim, um único homem feliz no mundo, e que ele deveria estar no Brasil, acertou. Esse homem sou eu. E não queiram dizer que vocês também são, não são, por dois motivos, primeiro pois podem ser mulheres e essas felizes nunca são nem serão, só possuem alguns simulacros, e os homens, coitados, vocês são os simulacros.
Cansei de meter dedo em teclado, pra escrever tanta asneirices, mas é que são de coração. Então só digo mais uma coisa. Vivam. Não queiram ser felizes, felicidade é para uma pessoa só, para o resto, é só um arrastão da onda que essa minha felicidade espalha. Façam feito pessoas na praia, peguem jacaré nessa minha onda. Que onda não?

23 setembro 2006


Até que prum primeiro dia hoje foi bem produtivo.......
Espero que diferentemente do amigo aí de cima, as parcas deêm a este blog um fio bem grande.
Saudação a todos que morreram e até amanhã.
Seus Ais

Sobre o azul
Que azul?
De nossa colcha
Consumamos nossos pesares
Por que os nossos prazeres
A muito tempo é coisa frouxa
Que nem temos, quanto menos
Podemos a eles nos entregar

Fiquei feliz que estivesse aqui
E muito mais estou agora
Que já fostes embora
Uma vez que não me dava, muito sofri

Agora que não te tenhos sofro mais
E entendo
Que mesmo não te comendo
Eu vivia pros seus Ais
“A verdade é que estamos passando uma verdadeira crise, crise de não nos saber. Esperava te ver hoje aqui, mas não te vi e você sabe muito bem o porquê. Cansei de nos termos só virtualmente, agora eu quero que esteja comigo.”
Terminando de ler aquele e-mail eu me senti meio que impotente, queriam-me, mas do jeito que deveria ser eu nunca poderia me entregar. Eu não sou bem, como se diz, uma pessoa que se entrega. Se eu disser que sou seu, acredite; as palavras pra mim são feito flechas disparadas e eu nunca tento para-las, depois de ditas, simplesmente deixo que sigam seus caminhos.
Eu fiquei pensando, sou amado. Mas e que quer isso dizer? Abri a geladeira peguei um pedaço de queijo. Abri a adega e peguei um vinho. Abri uma caixa e peguei meu cachimbo. Abri um pacote de fumo. Muita coisa se abriu. Menos eu.
É a mais pura verdade, nunca vou conseguir me abrir. Então conformar-se com o que eu digo é só o que se pode fazer. E já não é alguma coisa? Pelo menos eu jogo limpo, mas claro, assumo os riscos também. Não sei o que eu esperava que fosse acontecer, mas só de ter pego tudo o que eu peguei queria dizer algo, normalmente não combino algumas das melhores coisas do mundo sem esperar pela melhor. Idiota fui. O máximo de prazer que eu poderia ter agora seria: 1 degustativo, 2 na melhor das hipóteses algum prazer individualista que sempre se arraiga em mim.
Comecei a comer o queijo bebendo do vinho, o cachimbo viria depois, pra não alterar o paladar de nada. Bem, depois de um certo tempo resolvi acende-lo. Adoro aquele gosto adocicado. E comecei a pensar novamente:
Sou amado, e o melhor, de todas as maneiras, afinal, odeio ser amado homeopaticamente. Mas por que eu não consigo retribuir esse amor? O que me falta? Será que nunca amarei novamente? Sim, eu sei que dessa vez é diferente, que eu nunca havia experimentado tal possibilidade de amor, pois sim, de prazer já havia há muito. Concordo, esse prazer sempre fora meio esdrúxulo.
O telefone tocou, ouvi sua voz, ouvi seu convite e respondi: “não! Nos falamos mais tarde pela internet”, e desliguei o telefone. Odeio ser pressionado, ainda mais por quem diz que me ama, e só me faz pensar que o que quer é um portinho seguro, por mais miserável que seja, um lugarzinho pra se sentir bem. Odeio ser esteio. Prefiro ser um mar aberto e bem turbulento. Talvez seja por isso que as pessoas se afastem de mim. Mas e eu com isso?
Sentei-me em frente à minha Remington e comecei a te escrever essa carta, você me abandonou, eu sei que teve seus motivos, mas queria te mostrar como estou agora, fechado, melhor, morto e enterrado a sete palmos do solo. Você não pode fazer nada, eu sei, mas eu posso. Eu posso desistir de tudo, e é isso que agora faço. Não tenho mais motivos para continuar com toda essa enrolação, com toda essa vida de misérias e falta de sentimentos, se for para secar, que eu seque por completo. Se te escrevo é pra dizer que vou sair dessa vida da única maneira que eu consigo encontrar, única maneira honrosa. Escrevo pra te dizer que virei prostituto. E a partir de hoje, quero que saibas, que cada gozo que eu fizer alguém conseguir, é um pedaço de mim que você seca, assim, como secastes o meu coração.
Ainda que demonstre que sinto por ti tamanho ódio, entenda, isso é máscara, que esconde que ainda a amo muito, mas como não quero me abrir, me fecho e como não sei mais quem sou, aproveito até mesmo para mudar de nome, a partir de agora eu sou Ricardo.
O porquê do nome é de extrema importância, uma vez que ele é uma antítese salvadora. Estou cansado de tantas elucubrações cerebrinas, o que eu quero daqui em diante é a ejaculação celebrada. Sim, eu quero o gozo. O esporro que acontece feito foguete. O primeiro salário depois de muito tempo trabalhando. Quero que aquele exercício árduo e que nos leva a um momento de êxtase seja comemorado. Vamos parar de pensar de uma vez. Não é isso que vivem dizendo que não fazemos? Então, pra que discutir que pensamos? Parando de milonga vou falar tudo de uma só vez: este blog visa o meu entretenimento individual preferido, visa enaltecer aquela fantástica experiência que alguns de nós temos. Estou falando do escrever, aquele outro entretenimento também é válido, mas não gosto de compartilhá-lo muito abertamente, até porque não gostaria de ser enquadrado em atentar ao pudor. Mas sim, irei contra o pudor em meus textos, podem ficar tranqüilos quanto a isso. Os textos que eu quero por aqui, em sua maioria, são coisas desconexas que passam pela minha cabeça, recortes em sépia do meu dia-a-dia, somados a algumas ficções. Sei lá se isso aqui vai pra frente, mas vou tentar, pela 169089349082349ª vez manter um blog de periodicidade diária. Mas, como não sou político, já aviso de cara que isso não é uma promessa. Eu ia escrever mais um monte, dizer que minhas pretensões para dissertar sobre política, meio ambiente, ou seja, coisas sérias é quase nula, uma vez que estou aqui para me entreter, não para entreter quem quer que seja, se isso acontecer, melhor ainda, afinal, vou me sentir um escritor (escrevinhador?); no entanto não vou escrever mais nada, fiquei o dia inteiro dizendo que ia estudar, até agora nem sequer abri um livro, já baxei vídeo (A casa do Lago) e legenda, sincronizei os dois, assisti vídeo no cabo e agora estou perdendo o meu tempo aqui, com vocês que podem nem sequer existir, então, tchau.