09 dezembro 2006

Viva a porra, que é sempre ocorrente, até mesmo quando desnecessária!



Isto nem é um hino
É uma verdadeira ode
Daquelas feitas por apaixonados
Que se declaram às suas amadas

Vou me declarar à minha querida porra
Que nunca me deixou
Seja me fudendo
Ou seja me fazendo fuder alguém

Isso não é um hino ao bissexualismo
Sequer é hino ao sexo
É a maior poesia já feita
A graciosa masturbação

Aquela arte que acalenta
Esquenta mesmo

Masturbe-se santo amigo
E seja sempre agradecido
À porra majestosa
Aquela nossa amiga
Que escorre sempre grossa
E quando no ânimo
Sempre espirra
E nos prasenteia conosco mesmos

Saudosa porra
Que agora nem mais espirra
Sinto muito por sempre te-la barrado
Prometo que daqui por diante
Terá seu futuro acertado
E seu objetivo também

Se prepare então, meu mundo
Que tu serás meu
De meu semem
E da minha paixão.
As "Agônias".



Eu quero um poço de mágoas

Para poder afogar-me em meu próprio fel

E então ser todo deslizes

E mesmo assim ser seu.

Quero ser tanta coisa

Que nem me sei

Sei talvez que nada sendo

Eu esteja mais perto de ser

Aquilo que tanto deseja.


Eu cansei, sinceramente

De te por nas costas tantas dores

E parecer cada vez menos culpado

Pelos pecados que sou eu mesmo

Quem comete.
O que existe é o meio e a falta dele.





Não que existam mais coisas. Só há o meio, logo, se ele falta, falta a única coisa que há. É como o fato de ter como comer, mas não ter fome. Você tem os meios de satisfazer algo que você não tem. O que é muito triste. Mas muitas vezes as causas não são inerentes a você. É tudo culpa do mundo. A coisa mais escrota que há. É o mundo em si, meu mundo, nosso mundo, nosso espelho reflexivo. Odeio sociologia. O ser humano devia ser a coisa que menos pudesse ser estudada. Se lembram da época em que era proibido abrir pessoas vivas? Da época que Nero mandou abrir a barriga da própria mãe para ver de onde viera? Então, tudo devia ser assim, o ser humano só seria vislumbrado em sua complexitude por loucos, que em verdade vos digo, só fariam isso por serem o que seriam.
Eu não sei mais o que esperar de coisa alguma. Talvez a vida não seja mais esperas. Talvez ela seja? Por que não? Eu não sei, e digo que sou muito feliz por isso. Imagina, se eu soubesse de só mais uma coisinha a mais que ninguém sabe, eu estaria fodido ao extremo.
Adoro estar no ponto que estou. É o verdadeiro ponto sem retorno. Nada mais voltará a ser como era antes. É foda. Foda mesmo. Eu queria ter uma mesada de muitos milhões de dólares, ou euros, e vivesse em conformidade com minhas próprias normas. Eu estou com pena do mundo, e mais pena ainda de Deus, que construiu tudo à sua imagem e teve a melhor resposta que poderia ter. As criações que viemos a colocar no mundo, nada mais são do que pretéritos imperfeitos em nossas vidas.
Eu comecei a perceber que sim, vou ficar sozinho no mundo e não terei com quem conversar. Não que as conversas não existirão, mas serão apenas monólogos. Não sei se da vagina, do pênis, da buceta ou do caralho, serão verdadeiros borra-botas.
A vida é nosso Karma, mas não das vidas passadas, karmas dos dias-a-dias. Talvez sejam até lições, mas a culpa de termos que ser ensinados de maneira tão preementes é nossa.
Tenho raiva do nosso, sim, do possessivo nosso. O que podemos dizer ser nosso? Nada temos em comum. Nem mesmo o mundo é nosso, uma vez que cada um tem o seu. Tenho raiva do seu medo, e do seu tanto ter a perder. Você começou a me envenenar com seus delírios. O que é que temos a perder? Em verdade vos digo, o que é que é nosso? Não temos nada, por isso que mais uma vez, usar o nosso é desnecessário.
Quero pedir só uma coisa, pare de passar seus medos pra mim, eu não preciso deles, e cada vez mais quando vejo os seus, eu tenho pena, pena de sermos tão geneticamente parecidos, mas cada vez mais utopicamente diferentes. Chore comigo. Choremos juntos a nossa decadência, a nossa decepção conosco mesmos.

13 novembro 2006

Ahhhhhhh: a arte do sempre ser.

Por que sê-lo, se sendo quem somos nem entender nos entendemos? Eu estou indeciso quanto a quantos gumes devo usar para me cortar mais profundamente. Não sei se lavro de meu peito um coração dourado. Ou se busco um ouro quente e pulsado chamando sangue. Nem sei se posso, assim, considerar meu “hemato-ser”, nem sei se sou. Eu queria que nesta dança descabida não tentassem fazer essa roupa me caber. Queria poder dançar nu pelo salão, enquanto o tango batesse tecnamente. Queria pegar-lhos cabelos e cheira-los numa volúpia insaciável. Queria poder beijá-la toda. Sentir seu corpo e estremecer ao simples desfacelamento seu. Jogar-te contra mim numa infusão de desejos meus. Beijar sua nuca. Rodopiá-la por todo o salão. Beijar sua boca. Sussurrar em seu ouvido palavras quentes. Contar-te segredos de liquidificador. Sentir seu arrepio ao mero encostar de minha língua em sua orelha. Estremecer com os seus estremecimentos. Descer a língua para seu nariz. Sentir sua respiração. Apertar-me contra ti. Sentir-te ofegando. Despi-la num turbilhão de interesses. Possuir. Apertar seu punho e atirar-te contra os transeuntes. Pegar-te no colo e demonstrar meu troféu.
Mas nem sei se sei dançar. Quanto menos se conseguiria te suportar. Suportar o peso frágil, insustentável, de amar outra vez. Mas eu posso cobiçar e te cobiço. E imagino o quanto teríamos feito, se a dança não tivesse parado por ali. Foi bom ter parado, afinal, estávamos prestes a nos ceder. Eu lhe daria um coração de ouro. Em troca teria seu sangue pulsado, expulsado. Teria assinado contigo um contrato. E o selaríamos com desejos irrealizáveis dali em diante.
Agradeço o seu desempenho em aturar um alcoólatra charlatão. Um viciado em solidão. E um demente em exaustão. Queria poder ter te mostrado outros adjetivos meus que também eram acompanhados de outros ãos. Ficamos de gatinha, e engatinhamos para fora de nós mesmos. Eu pensava que era assim. Enquanto eu ensaiava meus primeiros engatinhares para fora, você já tirava suas rodinhas de treino. Quando vi a saída entendi que você já tinha ido há muito. E então vi seu lastro, aerodinamicamente indo embora. Eu, ao invés de sair, escorreguei e caí. Fundo. Numa relação unilateral de mim comigo mesmo. Amei cada centímetro do meu corpo. Desejei-me mais do que jamais seria capaz de ser desejado. Apaixonei-me por mim mesmo. Saía comigo mundo a fora. Entendia a vida. Curtia. Viajei. Fui. Mas aconteceu novamente.
Quando eu era o que era, você apareceu novamente. Pediu muitos perdões, chorou sua própria desilusão. E me clamou clemência. Mas eu fora quem era. E você não entendeu nada. Achou que te perdoava. Que meu beijo demonstrava um ardor de meu peito. Sofrestes mais que eu? Não sei. Mas agora sinto pena de ti. Não vou voltar a te amar nunca mais, perdão. Nem sei se voltarei a amar novamente. Descobri que eu nunca fora quem eu achava ser. Descobri que meu nome nunca fora o que eu achava que era. Descobri que a mais linda imagem que eu precisaria admirar estava tão próxima e tão perto, que minha hipermetropia me incapacitava de enxergar. Só fui entender isso hoje, agora, quando consegui refletir essa imagem no fundo de um âmago. Mais fundo do que ele próprio. A imagem é linda. Precisei escrever tudo isso para te advertir: cuidado, você é feito o que Platão descreveu em seu mito da caverna. Você é o efêmero idiota que sai da caverna e volta para contar o que vistes lá fora, mas cuidado, você abriu-me os olhos para depois fechar os seus próprios. Abra-os novamente. E entenda o que eu entendi. Não se deixe turvar por sentimentos que nem ao menos são seus. Termino essa carta aqui. E quando você a ler provavelmente já terei saltado, pois a imagem é linda. A imagem é minha. E a busca por ela é um se perder em mim mesmo que não tem fim.
Solução para o Brasil: Vemífugo. Toxoplasma godii infesta quase 69% dos brasileiros. Em ratos a presença do parasita demonstrou que o rato, preso em um labirinto, sempre tendia a ir para um lado que havia urina de gato. O rato ia atrás do gato. Rato camicase. Qual era a dele? Será que buscava suas ratas virgens prometidas por Alá e Votan? Sei lá, mas, eu sendo um dos possíveis 69% de brasileiros infectados, já vou fazer minha bateria de exames. Oras, não quero ser comida de gato. HAuaahuahauahauahau






Quase um mês sem escrever. Não que eu não quisesse. Sempre quis. Mas começou a virar um vício. Então, sempre que se abatia sobre mim aquela vontade louca de escrever aqui, eu pegava alguns grãos de milho, jogava no chão da minha kitnet, pegava um terço, um caderninho de orações e começava minha penitencia. Pedia perdão a Deus por ser um viciado. E rezava, rezava e rezava. Até gozar de um jubiloso prazer celestial. Muitos tentaram alcançar esse prazer, o qual chamavam de nirvana, transcendência, caminho do meio e por aí vai. Eu simplesmente esporrava. Por que meu pau é meu terço, essa cadeira desconfortável meu ajoelhar no milho, uma revista de putaria é meu maior livro de orações. E meu prazer gozático era encontrar Deus.
Ou seja, não escrevia aqui porque tinha que usar minha mão para outras coisas e digo sempre, essa outra coisa é muito mais importante que escrever para um monte de pessoas que eu nem sei se existem. E, digamos que leiam isso, o que são para mim? Porra nenhuma, a não ser que comecem a me mandar putarias, as meninas, suas fotos, os caras, filmes deles com suas namoradas. A partir daí começarei a ter mais respeito, afinal, vocês serão então: porra alguma.
Mas vamos ao que interessa, meu medíocre descreve de meu dia, no caso, meu quase mês. Podem até pensar que vai sair muita coisa, mas não vou escrever tanto, mesmo tendo tanto para escrever. Parei um tempo sem escrever porque fui pra praia. Ubatuba. Muita bebida etílica. Muita putaria marítima. Sabe, muita praia. Muito tropicalismo. Eterna frase: não existe pecado abaixo do Equador, então vem fazer um pecado safado em baixo do meu cobertor.
Como diria o Chicó, não sei, só sei que foi assim.
Depois da praia tirei uma semana comigo mesmo. Não, não foi semana do saco cheio não. Foi uma semana do X, onde eu fiz X, pensei muito sobre Xs. E saí com uns amigos. Então uma pessoa, minha mentora, gurua acadêmica, disse-me uma coisa que não se deve dizer para pessoas como eu. O que aconteceu? Apaguei minha conta no ORKUT, deletei meu msn do Pc. E pensei em acabar com esse blog, com um fotolog: pensei em acabar com minha vida. Sendo bem sintético, a frase era com esse teor: você vai sofrer muito nessa vida, eu tenho pena de você. Pois bem. O motivo do meu sofrimento eu até concordo. Mas vou fazer dele um motivo pro não sofrer. E sim pra rir muito. Rir ébriamente feito o louco que sou.
Finalmente aportamos na seara seguinte. A semana do porvir. Sim. Semana Manassés(Ilustríssimo reitor da ilustríssima Universidade Presbiteriana Mackenzie). Puta que pariu. Semaninha mais transloucada, deviam te-la deslocado para uma época mais feliz. Só serviu pra atravancar minha vida, mas, vamos sorrir, continuar sorrindo, mostrando os dentes.
Acho que descobri que tenho um professor Cineasta. Chique pra caralho. Fiquei até com inveja do cara. Porra, pra começar veio de Londrina, terra do meu querido Leminski, está na área que eu mais curto de todas, e o melhor, parece que escreveu o roteiro de um filme Intitulado O Quinto Postulado, com um mote fantástico. Até que enfim o MACK me dá alguma coisa. Quer dizer, coisa que preste, não estágio pra pilantra.
Semana entrando agora. Queria saber quem ganhou pro DCE. Ditadores Militares ou Ditadores Sociais?
Espero que eu possa ler tudo que tenho pra ler, fazer todos meus trabalhos, tomar todos os meus gorós e ainda ter tempo pra assistir televisão (Irônia, irônia, sempre ela companheiro, cuidado, nem sempre é bom, as vezes é pneumônia)

19 outubro 2006

A turmalina do desespero.

Fazia tempo que eu não começava um texto a partir de seu título. Parece meio que masoquismo, para os que escrevem, começar um texto com um título pronto. O que fazemos sempre é compor e depois nomear a composição da melhor maneira. Fazendo ao contrário temos que escrever da melhor maneira que se possa para que o texto no final seja adequado àquele título. È um verdadeiro suicídio.
E foi tentando me suicidar que parti nessa empreitada. Suicidei-me, podem ter certeza. Como parte desse desafio também existia a necessidade de achar uma imagem adequada. Achei, a de cima, a que é a capa de um CD de alguma cantora latina da qual nunca ouvira falar até então. O mais engraçado. Tudo se trançava.
Vi aquela imagem e fiquei extremamente excitado. E pensei, “poutz, mas que coisa perfeita, e vejam só, as asas dela são feitas de turmalina”. Preciso ouvir sua voz. Me apaixonei por uma misteriosa imagem de capa de CD. Comecei minhas buscas, achei uma música que diziam ser a mais gostada pelos seus fãs. Comecei a ouvir-lhe a voz. Chorei copiosamente. Como podia o destino ser tão cruel para pessoas como eu. Fazia tempo que buscava me apaixonar por algo. E quando eu me apaixono, é a maior de todas as tristezas? O destino não é justo, é muita fatalidade para uma vida só.
Quando eu encontro finalmente algo a que me apegar, as coisas degringolam feito vagão descarrilado? Tudo era terrivelmente pavoroso. Minha vida se perdia num turbilhão de tristezas. Estão comecei a me lembrar cada vez mais de turmalinas. Lembrei de certa vez, há muito tempo, não tanto, há quatro anos atrás, quando passava a novela O Beijo do Vampiro.
Era sobre uma senhora fada que a música cantava. E foi essa senhora fada quem fez com que eu me apaixonasse por uma senhora bruxa. Tinha, eu, apenas quatorze anos de idade e me vi perdidamente apaixonado por uma linda menina de doze, cabelos ruivos, pele alva e sardenta. Ela se professava uma Wicca, eu me apresentava como um poeta amante, platonismo exagerado além do Topus Uranus. E lembro como se fosse hoje o dia em que em um bilhete ela me pedia um tempo, pois se achava jovem demais para paixões. È claro que me revoltei. E tive motivos. Logo após nosso rompimento ela já estava com outro, cheia dos amores e das concupiscências. Esse representou meu momento mais derrocado. Fora minha primeira vez no limbo romântico. Até hoje me culpo por tê-la perdido. Sim, sempre achei que o colar que eu havia lhe dado causara-lhe certos apetites, certas “bovoariices”. Eu tinha ganhado do meu pai um pedaço de turmalina canutilado (como se fossem vários canudinhos fininhos lado a lado). E com essa pedra eu lhe havia feito um colar, dia seguinte eu fiz minha cara de tudo está na boa após receber meu primeiro, e maior até hoje, pé na bunda. A música era sobre uma senhora fada, a realidade era sobre um poeta frouxo, que sem perceber que a vida era curta e a espera diametralmente oposta, ficou só. Foi meu maior desespero.
Tirando esse agora em que ao ouvir minha nova musa, escuto algo tão pavoroso que até me entristeço. O pior é que mesmo com aquela vozinha lancinante, eu consegui contrapor-lhe uma voz delirante. E assim descobri que minha maior dor de agora, já se afigurava há muito tempo. Que as traições são sempre premeditadas e que o orgulho que revestimos nossas amadas são muito úteis, quando elas são as mais desavergonhadas.
Foi com a procura de uma pedra que consegui entender um desespero que me deforma. Entendi minha essência. Poderia ser extremamente claro com esse texto, mas teria de citar nomes e deflorar fatos. Prefiro a incerteza das entrelinhas, quem quiser olhar de lado, vai enxergar torto, quem olhar sem ver talvez até possa enxergar. Mas sei lá, essa frase que virá me veio agora num relâmpago, só quem me conhece poderá ver, ou mesmo, enxergar.
Turmalina, corifeu dos desesperos mais profundos de minha alma, uma coisa eu te digo, de agora em diante afasto-te de minha vida. E espero que te aceitando como minha maior culpada, possa por um fim em tudo isso.

18 outubro 2006

O Úniverso numa casca de mim mesmo.

O feriado foi exaustante, a semana que veio em seguida foi degradante. Estou morto. Comecei a usar agasalhos, nem no inverno eu estava usando tamanho era meu “pique”. As pessoas começaram a inquirir sobre a minha saúde. Baixou a imunidade? Você está triste. O quê que tem te acontecido? Acabei-me em mim mesmo. Diversos motivos. Por exemplo os questionamentos abaixo. Mas vou mudar agora. Sei lá, eu ando ambicionando tanto à mudanças, que talvez agarrar essa chance seja uma boa idéia. Mudar pra melhor ou pra pior? Nem sei ainda, tenho que deixar acontecer. Estou feliz com as conclusões as quais cheguei. Deixem-me em paz, só o que eu quero, é continuar a existir.


A inovação bestializante do mundo das cores se deu de maneira reconfortante. Eu na praia, sinestesia anestesiante e uma certa malícia nos lábios. O que aconteceu na verdade foi um enxerto de elucubrações desatinadas numa mente aliviada. Havia me cansado de tanta coisa que me cansava aos poucos, não que tenha sido a gota da água que transborda o copo. Na verdade foi o transbordo.
Imagine o seguinte: uma praia repleta de simulacros de uma experiência sua. Você, um antropo-cientista-filósofo, sem necessidades monetárias ou de sucesso. Comecei a analisar o mundo ao meu redor e fiquei extasiado. O SER HUMANO EXISTE. E o que isso quer dizer? Nem eu mesmo sei, mas ele existe e não consegue se conformar com isso. Precisa dar razão ao seu existir. O universo, por outro lado, só existe. Essa é a maior antítese que consegui conceber até então. A experiência foi marcada por tantos desatinos, que pode ser muito bem compreendido pela falta de lógica no texto que digito.
Entre tantos vai-e-vêns que existiram no meu 12 de outubro em diante, seja comemorando santa, projetos de pessoas, descobrimento das Américas ou mesmo o fato de o Brasil, querendo se igualar aos países frescos da Europa, que criterizaram o que é uma champagne ou como fazer uma pizza, criou a frescura dos brigadeiros D.O.C. (Denominação de Origem Controlada) que possuem medidas e o diabo a quatro criterizados, eu pude beber muito. Bebi pelos motivos supra-citados e por eu não querer mais nada além de existir. Desisti de querer marca minha existência. Agora o que eu quero de verdade é beber minhas Tequilas Sunrises e comer meus Brigadeiros DOCs.
Voltando ao caso das inovações é de fundamental importância alertar a todos que o existir humano, por si só se basta. Nada além disso é necessário para que vivamos em total bestialidade. Mas a vida feito animais seria muito mais humana. Pois o ser humano só é forte hoje, pois, predador, preda a si mesmo. Bestializado teríamos de predar outros seres, uma vez que nos predando, nos extinguiríamos. Por isso prego que o ser humano comece refutando os ideais de futuro, destino e fatalidades que por aí vão. Devemos nos libertar de verdades (?) antigas. Nem sabemos se são verdadeiras. Nos apegar ao fato de que devemos simples e puramente existir. Será que isso por si só não é o bastante para nossas satisfações?

10 outubro 2006

Prazer



Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Você.

Nada é mais tesível do que essa sua boca
Úmida
E que eu tanto já beijei.
Doce é seu lábio
Macio
E tão seu
Sentir seu sabor
Morder-lhe um pedaço
Me alimentar da mais pura das carnes
Ah, prazer
Como eu queria te ver
Como eu queria te ter
Como eu queria me ter

Mas essa boca que era minha
Agora beija outro
Esse pirulito que era eu
Agora é outro.

Outros
Quem sabe?
Sei que essa boca eu já beijei
Desse doce eu já comi
Com essa boca eu já fodi!
Decisão



Se choro por amor, é porque meu amor-próprio não é narcisista. Se canto tanta dor é porque no fundo, no fundo, eu sou um masoquista. O mundo é triste, pois nele eu fiquei único. Sozinho num lugar que todos me odeiam. Eu sou um mero alguém que gosta de gostar de tudo. Todos me odeiam, pois hoje, iguais a mim, estão todos extintos. Não existiram ONGs que os protegessem. Não houve banda de rock que lhes fizesse campanha. Os escritores que os mencionavam, coitados, eram tão mal interpretados que viraram estereótipos. Morreram meus irmãos, fiquei só. Hedonista exclusivo. O mundo nos perdeu. Eu precisaria chorar, mas o choro não me dá prazer. É por isso que escrevo, exortando, tenho quase que um orgasmo, mentira, multiplicidades dele.
Mas agora não resta mais nada a ser feito. Já saí do estado de excitação, estou calmo, escrevo, preparo um bule de chocolate quente, já limpei um papaia inteiro para mim. Estou tranqüilo, pois consegui ter prazer com minha dor. Consegui torná-la pública a todos vocês. São o meu PÚBLICO. Posso até dizer que deviam sentir-se honrados, afinal, vocês me dão prazer. Tornam capaz a minha existência. Hoje eu sou completo por tê-los comigo.
Preciso contar como me dei conta do que sou. Acordei e desesperado com o atraso como sempre, fui tomar um banho correndo. Mas então pensei, pra que a pressa? Onde está o prazer em fazer tudo tão correndo? Freiei-me e comecei a ter orgasmos mentais. Sabe, consegui me entender. E isso era muito difícil até então, uma vez que eu não uma pessoa muito fácil. Saindo do banho gritei muito, urrei, fiquei pelado no corredor do meu prédio. Andei aos borbotões. Pulava. Tudo era motivo para ter prazer. Peguei o telefone e liguei para uma pessoa, que se sentiu muito feliz em poder me ajudar. Transamos. Transamos como eu nunca havia transado em toda a minha vida. Senti seu corpo sobre o meu e deliciei-me com seus seios. Ela era linda e se sentia capaz de me abarcar com seu corpo todo. Disse-lhe minha nova experiência e a fiz capaz de sentir o mesmo que eu. Ela urrou. Fiquei tão assustado que comecei a meter-lhe mais forte e ela não parava de urrar. Caímos da cama e começamos a nos foder em todo canto. Em cima do teclado do computador. Dentro da geladeira, na pia, em cima de uma vassoura, seja tentando nos equilibrar sobre ela, ou com ela deitada sobre ela e eu sobre ela que estava em cima dela. E era assim mesmo, confuso. Maluco e louco.
Ela gozou mais oito vezes e eu já nem tinha mais uma verdadeira ereção. Mas era bom ainda assim. Resolvemos que seríamos liberais. Só nos preocuparíamos com nossos prazeres, nossas satisfações. Entretanto o mundo não é mais um mundo seguro para nós. Clara resolveu que precisava se arriscar, com todos e em todos os lugares. Coitada eu penso agora. Teve uma morte triste. Trepando com um limpador de janelas tiveram um orgasmo tão forte que se espatifaram no solo ao caírem do décimo quarto andar. E foi assim que descobri que eu era hedonista e também foi assim que percebi que era o único. Que só seria quem eu ensinasse, mas hoje eu tenho medo de ensinar qualquer um que seja, tenho medo de formar um exército de suicidas e acabar por exterminar o ser humano.

09 outubro 2006

Persuasão



Depois de um final realmente conturbado, resolvi ficar com inveja de Camões. Quero criar um “Lusíadas” pra mim. Mas o meu grande livro se chamará “O Pansexual”. Será que dou conta de ir até o fim dessa vez? Não sei, mas espero que consiga. As mudanças como sempre ainda não começaram. Mudei mais uma vez. Quando eu ia dar o pulo do gato, vi que não queria mais aquilo. Descobri que choro por amor por não me amar. Não é narcisismo não, é falta de amor próprio. Tudo que eu esperava com esse blog teve uma reviravolta. Minha própria vida não pára de rodar. Às vezes penso que minhas escolhas foram capazes de mudar o universo todo. Entendo o que é uma reação em cadeia. Mas essas coisas não são muito boas de acontecer, ainda mais comigo. Imagina, meu EGO já é assim, enorme e em maiúsculas, quando vejo que o mundo no final das contas gira ao meu redor, putz, é de fazer qualquer um pirar.
E é quase pirando que vou tentar fazer uma poesia pra ilustrar tudo.

Chuva

Sou um guarda-chuva
Mas pra que guardar
Algo que sempre se cai?
Pra que querer prender
Ou mesmo aparar?
Sou o anti-suicidas
Mas e se eu resolver suicidar-me,
Será que vai ter um guarda-chuva pra me guardar?

07 outubro 2006

Família



Semana filha da puta de difícil. Muita coisa pra fazer... como por exemplo... não escrever aqui. Mas resolvi escrever um pouquinho. Então... como diria alguém nesse mundo... mais vale se dizer alguma coisa em alguns dias de folga... do que ficar quieto umas férias todas... como ia dizendo... semana realmente complicada... muito que fazer... nada feito... e eu fingindo que fazia as coisas que eu devia ou que devia fazer!
Enfim..... chegaram visitas..... final de semana parece que vai ser conturbado. Sei lá.... amanhã galeria do Rock... irmã... o diabo a quatro e etc e tal. Mas.... DEIXA EU PARAR.... pq a família estando aqui.... fica foda escrever....

E é pra celebrar essa instituição que eu escrevi como escrevi. Tentei demonstrar meu total apreço à normalidade dos mundos. Ao que acontece quase que na totalidade. Quis ser familial. Para ilustar esse desejo eu vou colocar a música Família dos Titãs. Sim, todas são iguais tirando as suas diferenças. Paro de escrever por enquanto para parar os gritos de silêncio que se ouvem pela "Kitnet"


Titãs - Família

Família, família
Papai, mamãe, titia,
Família, família
Almoça junto todo dia,
Nunca perde essa mania
Mas quando a filha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe, não dão nenhum tostão
Família ê
Familia á
Família
Família, família
Vovô, vovó, sobrinha
Família, família
Janta junto todo dia,
Nunca perde essa mania
Mas quando o nenê fica doente
Procura uma farmácia de plantão
O choro do nenê estridente
Assim não dá pra ver televisão
Família ê
Familia á
Família
Família, família,
Cachorro, gato, galinha
Família, família,
Vive junto todo dia,
Nunca perde essa mania
A mãe morre de medo de barata
O pai vive com medo de ladrão
Jogaram inseticida pela casa
Botaram um cadeado no portão
Família ê
Familia á

02 outubro 2006

Quem mexeu no meu queijo?



O tempo que passou sem que eu escrevesse decorreu do fato de onde eu estava, Lorena, a internet que eu tinha à minha mão ser idêntica ao meio de transporte típico de lá: uma carroça. Mas hoje estou de volta ao meu computador de sempre. Quanto à teoria que eu disse que iria contar, fica para uma outra hora qualquer, hora em que eu esteja sem o que escrever.
Hoje eu preciso escrever algumas elucubrações que tive. Como o fato de eu ainda estar desolado com minha vida atual. Estou seguindo um apóstolo agora. O Apóstolo do Rainer Maria Rilke. Para quem não conhece esse texto vou transcrever sua tese principal, quem conhece poderá relembrar.
Aqueles que celebram como Messias transformou o mundo inteiro num enorme hospício de doentes incuráveis. Os fracos, os miseráveis e os inválidos são seus filhos e seus favoritos. Então os fortes viriam ao mundo apenas para proteger, servir e velar por esses inermes seres? E se eu sinto em mim um fogoso entusiasmo, um entusiasmo intenso e celeste para a luz, se subo com firmeza o caminho escarpado e pedregoso, devo acaso, quando vejo já flamejar o divino fim, inclinar-me para o inválido caído à beira do caminho? Devo anima-lo, erguê-lo, arrasta-lo comigo e gastar a minha força ardente a tratar desse cadáver impotente que, alguns passos adiante, cairá de novo, prostrado? Como havemos nós de subir, se todas as nossas forças forem aplicadas em proteger e erguer os miseráveis, os oprimidos e até mesmo os preguiçosos hipócritas que não têm medula nem alma?

Não sei se já é hora de falar sobre isso, talvez ainda seja muito cedo. Quem saberá? Sei que está na hora de eu fazer alguma coisa, pois já me cansei, e muito, de tudo isso aqui ao meu derredor. Espero que ainda haja tempo para tal mudança. Que será forte, rápida e implacável. Será que já está na hora de mudar o mundo?

28 setembro 2006

Queria ser o Bloo....



Eu não sei mais o que fazer. Esse blog tem ido contra vários impulsos meus. Ao menos ele não é lido. Que é o que me fez ainda não desistir dele. Eu tenho odiado a internet, sinto-me cada vez mais um prisioneiro dela. Tudo o que eu queria estar lendo não estou. O que eu queria estar fazendo, eu sempre lembro com atraso. Ou seja, simplesmente parei de me viver. Eu, um rapaz de mente perturbada como sou, tenho minhas idéias e minhas “nóias”. E a anti-sociabilidade é uma das minhas maiores ambições, sempre foi, já a tive, cansei-me dela e agora a quero de volta. É complicado tentar explicar. Mas faz parte de mim. Poder-se-ia dizer que faz parte de uma auto-afirmação minha, já me disseram isso, será? Às vezes eu acho que sim. Mas não sei. Por muitas horas já me peguei querendo que ninguém gostasse de mim, para que eu pudesse vagar feito um fantasma: despercebido. A verdade de tudo isso é claro que não vou contar aqui, ainda não confio o suficiente em alguém. Meus segredos são os mais ideais possíveis. Só eu os sei.
Eu queria ser o Bloo. Adoro-o. Pra mim é a personagem mais redonda que já vi. Quero conseguir figurinhas sem depender de quem as confecciona, quero ser o melhor amigo imaginário de alguém.
Escrevendo sem a ajuda do word...



Seria de desanimar o fato de que até agora esse blog não me deu retorno algum, minha sorte é eu gostar tanto de escrever. Perseverança. Sou brasileiro e não desisto nunca. Desisti, ao menos, de conseguir algum tipo de fama com isso aqui. Primeiro por que eu não escrevo nada de mais que faria com que pessoas tivessem a necessidade de me lerem sempre, segundo por que sei lá, mas não é muito o meu sonho ser famoso por um blog.
Fato é que eu só estou escrevendo esse monte de coisas nada a ver por não estar com vontade alguma de escrever. Mas eu me propus a escrever todos os dias, e é isso que acho que venho fazendo. Ah, também existe o fato de que eu inscrevi esse blog no site da Coca-Cola. Confesso, disse que não queria fama, mas quero sim.
Outra coisa que me levou a escrever aqui foi a falta do que fazer equanto espero minha mais nova série favorita começar. A série? The Bedford Diaries. Meio que me incentivou a escrever um, digamos assim, diário como esse.
Amanhã vou ter aula de direção. Deixa eu ver se não me esqueci: primeiro eu preciso me sentar, arrumar os bancos e espelhos, então dou partida, com o carro em ponto-morto e freio de mão puxado, no carro. Após essas pequenas coisinhas, ligo a seta para a esquerda, piso fundo na embreagem e ponho uma primeira, vou soltando a embreagem até chegar no ponto, O PONTO, que é quando o carro começa a querer abaixar e subir e está quase morrendo, então solto o feio-de-mão e vou acelerando aos poucos. O carro, assim, vai começar a se movimentar. Desligo a seta após sair completamente da parada. O carro é feito um animal, e se alimenta de potência e velocidade, assim, quando ele fica com fome, a gente sabe, e precisa engrenar uma segundinha, para isso eu preciso soltar o pé do acelerador, pisar na embreagem até o fim, e passar pra 2ª. Vou transitar levemente pela pista....
Risível? Sei lá, necessário!
Final de semana promete? Pretendo comprar uma garrafa de absinto, se eu conseguir... acho que daí sim.
Vou parar de chatear vocês com essa embromação toda. T´chau.

OBS.: Além de escrever sem o corretor do word, eu não revi nada no texto, preguiça mental.

26 setembro 2006

Triste.




De tudo que me queria
Nada tive.
Daquilo que nem considerava
Consegui o meu quinhão.
Sou um cara triste.
Triste e só.
Que viu seus sonhos ruirem.
Sem nem sequer um concretizar.
Explicações.

A primeira vista pode parecer que esse blog foi invadido ou sei lá. Talvez o dono esteja querendo chamar atenção, não sabe como usar tecnologias inovadoras ou simplesmente ficou louco. Haja vista que daqui pra baixo aparecerão textos de manifestação, textos iguais mais com formatações diferentes, eu me senti na obrigação de me explicar. Aconteceu o seguinte, tentando postar o texto “Convite; convida-me?”, nada acontecia. Primeiro pensei que era culpa da imagem ser grande, depois o texto ser grande, por fim que o blog havia pifado de vez. Então comecei a atualizar, mandar o texto com novos formatos e fazer manifestações de revolta. De repente, o que acontece? Todos os textos aparecem de uma só vez. Fiquei encafifado e já ia deletar os erros quando pensei: pra que? Claro, poderia usar os erros para mostrar como adoro postar, pois como vocês poderão ver abaixo pelas horas, perdi muito tempo, para não deixar o blog sem atualização.
Então é isso, leiam só o primeiro texto que tenha o convitinho do Hopi Hare, que os outros são todos iguais. E preparem-se para a teoria Jesus = Zangão.
Estou a duas horas tentando postar, até agora não tive êxito. Então resolvi fazer um textículo, afinal, podia estar sofrendo alguma restrição de espaço, ou postagens ou sei lá o quê. Sabe como é, né? Essas coisas meio que comerciais são assim, dão uma liberdade e depois começam a nos podar aos poucos. Então, para, além de fazer um teste, demonstrar minha revolta com este sistema de blog, faço esse post.
Essa porra não quer postar um texto que eu fiz, não estou entendo o porquê. Resolvi fazer um textículo, se ele for, será um teste e uma manifestação de revolta contra o Blogspot.
Convite; convida-me?



O mais legal em se ver filmes “sessão da tarde” é se deixar levar pela emoção que eles tentam destilar. Eles são uma droga, não por serem ruins, quer dizer, também por isso, mas principalmente por serem paliativos. Todo filme desse estilo nos comove, convenhamos, misturam a música certa, o cenário e nos levam na maior maciota. Mas é só passar um tempinho, dependendo do seu nível de vício, minutos, você começa a julgá-lo como se fosse o pior filme do mundo, então você assiste a outro parecido, por que todos são, sente as mesmas coisas, a felicidade deliciosa de ver a mocinha e mocinho juntos, o tesão pelo amor alheio, etc. e tal. É uma máfia que quer nos viciar em droga cada vez pior, querem nos lambuzar num melado cada vez mais doce. Cheguei a essa conclusão porque acabei de ver um desses. Fiquei até abalado, foi mais forte o nível “alucinógeno” desse. Nunca tinha provado uma droga tão grande. Os efeitos colaterais foram tantos que estou até comentando um fato, constrangedor, que eu nunca deveria revelar. Odeio esses filmes, mas quando rola de passar por um deles, não me contenho, sim, já sou um viciado mesmo.
Depois desse desabafo, precisado ressalte-se, vamos falar de coisas sérias. Morreu um professor da minha faculdade hoje, nunca tinha tido aula com ele, mas sei lá, fiquei triste. A faculdade deve ter perdido uma das pessoas mais decentes que houveram de existir. Não sei por que digo isso, nem conheci muito o cara, mas algo me diz que é assim que eu devo me sentir. Que devo ficar muito triste, pois a nesga escura fechou-se um poucos mais, e se eu me conformar simplesmente, ela vai acabar me sufocando. Mas isso é uma outra história que ainda não estou preparado para relatar. Sei que tenho que tomar cuidado com a minha vista e parar de ficar usando óculos escuros de camelô, podem não escurecer muito, mas detonam com a visão. Achou que vou dar uma de Bono Vox e usar óculos coloridos, de marca, pois não mudam quase nada. Eu reli uma coisa que tinha lido no começo do ano. Momentinho mais “O Diabo Veste Prada”. Comecei a entrar em muitos detalhes, melhor parar por aqui. Se se interessarem por saber o porquê, é só me perguntar, se me sentir seguro junto a ti, contar-lhe-ei tudo. Por enquanto, o túmulo se fechou.
Esse parágrafo não era pra existir, mas achei muito cedo terminar o texto, e o fim dele eu achei bom o suficiente para continuar sendo o fim. Então vou escrever mais algumas coisinhas entre o texto e o fim dele. Entendeu? Não que eu tenha mais muito que dizer, na verdade nunca o tenho. Mas gosto de fazer como agora, passar um café na cafeteira, colocar uma musiquinha mais calma e martelar o teclado. Desse modo eu fico tão feliz, sim, sinto que sou um tipo de deus, afinal, sinto-me capaz de criar. Nesse ponto invejo as mulheres que dão à luz serezinhos como nós. Eu tenho que qualquer dia desses, agora que lembrei, contar-lhes a teoria de uma amiga minha, que diz que Jesus, para ela, é igual um zangão, do ponto de vista de como foi gerado. Se eu não me esquecer, eu conto essa história, ou hoje mais tarde, ou mais tarde quando já for amanhã, depende apenas da minha disposição, veremos, veremos. Mas acho que já ta bom ir parando, estou começando a me cansar. Quer dizer, estava, o café parece que fez efeito só agora. Eu sou realmente muito engraçado, confirmo, eu mesmo, isso. É sempre assim, tomo uma cafeteira inteira e depois, quando começo a ficar extremamente excitado, que é sempre quando não preciso mais dessa sensação, eu começo a tomar calmante. Até me lembrei da velhinha do topa na pantera: “Fuma um, toma um chá, fuma um, toma um chá”. Acho que estou indo pro mesmo caminho que ela, só que no meu caso a culpa é do café. Triste há de se dizer. Depende do ponto de vista. A última que se falarei hoje antes de finalizar é sobre a imagem, convite do Hopi Hare, que faço a alguém: você não quer me levar lá não?
Tentei colocar esse texto ontem, mas já virou hoje. Adoro pensar na metafísica das convenções humanas. São tão doidas. O virar do dia, as somas, os dias, as horas... a vida?
O mais legal em se ver filmes “sessão da tarde” é se deixar levar pela emoção que eles tentam destilar. Eles são uma droga, não por serem ruins, quer dizer, também por isso, mas principalmente por serem paliativos. Todo filme desse estilo nos comove, convenhamos, misturam a música certa, o cenário e nos levam na maior maciota. Mas é só passar um tempinho, dependendo do seu nível de vício, minutos, você começa a julgá-lo como se fosse o pior filme do mundo, então você assiste a outro parecido, por que todos são, sente as mesmas coisas, a felicidade deliciosa de ver a mocinha e mocinho juntos, o tesão pelo amor alheio, etc. e tal. É uma máfia que quer nos viciar em droga cada vez pior, querem nos lambuzar num melado cada vez mais doce. Cheguei a essa conclusão porque acabei de ver um desses. Fiquei até abalado, foi mais forte o nível “alucinógeno” desse. Nunca tinha provado uma droga tão grande. Os efeitos colaterais foram tantos que estou até comentando um fato, constrangedor, que eu nunca deveria revelar. Odeio esses filmes, mas quando rola de passar por um deles, não me contenho, sim, já sou um viciado mesmo.
Depois desse desabafo, precisado ressalte-se, vamos falar de coisas sérias. Morreu um professor da minha faculdade hoje, nunca tinha tido aula com ele, mas sei lá, fiquei triste. A faculdade deve ter perdido uma das pessoas mais decentes que houveram de existir. Não sei por que digo isso, nem conheci muito o cara, mas algo me diz que é assim que eu devo me sentir. Que devo ficar muito triste, pois a nesga escura fechou-se um poucos mais, e se eu me conformar simplesmente, ela vai acabar me sufocando. Mas isso é uma outra história que ainda não estou preparado para relatar. Sei que tenho que tomar cuidado com a minha vista e parar de ficar usando óculos escuros de camelô, podem não escurecer muito, mas detonam com a visão. Achou que vou dar uma de Bono Vox e usar óculos coloridos, de marca, pois não mudam quase nada. Eu reli uma coisa que tinha lido no começo do ano. Momentinho mais “O Diabo Veste Prada”. Comecei a entrar em muitos detalhes, melhor parar por aqui. Se se interessarem por saber o porquê, é só me perguntar, se me sentir seguro junto a ti, contar-lhe-ei tudo. Por enquanto, o túmulo se fechou.
Esse parágrafo não era pra existir, mas achei muito cedo terminar o texto, e o fim dele eu achei bom o suficiente para continuar sendo o fim. Então vou escrever mais algumas coisinhas entre o texto e o fim dele. Entendeu? Não que eu tenha mais muito que dizer, na verdade nunca o tenho. Mas gosto de fazer como agora, passar um café na cafeteira, colocar uma musiquinha mais calma e martelar o teclado. Desse modo eu fico tão feliz, sim, sinto que sou um tipo de deus, afinal, sinto-me capaz de criar. Nesse ponto invejo as mulheres que dão à luz serezinhos como nós. Eu tenho que qualquer dia desses, agora que lembrei, contar-lhes a teoria de uma amiga minha, que diz que Jesus, para ela, é igual um zangão, do ponto de vista de como foi gerado. Se eu não me esquecer, eu conto essa história, ou hoje mais tarde, ou mais tarde quando já for amanhã, depende apenas da minha disposição, veremos, veremos. Mas acho que já ta bom ir parando, estou começando a me cansar. Quer dizer, estava, o café parece que fez efeito só agora. Eu sou realmente muito engraçado, confirmo, eu mesmo, isso. É sempre assim, tomo uma cafeteira inteira e depois, quando começo a ficar extremamente excitado, que é sempre quando não preciso mais dessa sensação, eu começo a tomar calmante. Até me lembrei da velhinha do topa na pantera: “Fuma um, toma um chá, fuma um, toma um chá”. Acho que estou indo pro mesmo caminho que ela, só que no meu caso a culpa é do café. Triste há de se dizer. Depende do ponto de vista. A última que se falarei hoje antes de finalizar é sobre a imagem, convite do Hopi Hare, que faço a alguém: você não quer me levar lá não?
Tentei colocar esse texto ontem, mas já virou hoje. Adoro pensar na metafísica das convenções humanas. São tão doidas. O virar do dia, as somas, os dias, as horas... a vida?
Convite; convida-me?


O mais legal em se ver filmes “sessão da tarde” é se deixar levar pela emoção que eles tentam destilar. Eles são uma droga, não por serem ruins, quer dizer, também por isso, mas principalmente por serem paliativos. Todo filme desse estilo nos comove, convenhamos, misturam a música certa, o cenário e nos levam na maior maciota. Mas é só passar um tempinho, dependendo do seu nível de vício, minutos, você começa a julgá-lo como se fosse o pior filme do mundo, então você assiste a outro parecido, por que todos são, sente as mesmas coisas, a felicidade deliciosa de ver a mocinha e mocinho juntos, o tesão pelo amor alheio, etc. e tal. É uma máfia que quer nos viciar em droga cada vez pior, querem nos lambuzar num melado cada vez mais doce. Cheguei a essa conclusão porque acabei de ver um desses. Fiquei até abalado, foi mais forte o nível “alucinógeno” desse. Nunca tinha provado uma droga tão grande. Os efeitos colaterais foram tantos que estou até comentando um fato, constrangedor, que eu nunca deveria revelar. Odeio esses filmes, mas quando rola de passar por um deles, não me contenho, sim, já sou um viciado mesmo.
Depois desse desabafo, precisado ressalte-se, vamos falar de coisas sérias. Morreu um professor da minha faculdade hoje, nunca tinha tido aula com ele, mas sei lá, fiquei triste. A faculdade deve ter perdido uma das pessoas mais decentes que houveram de existir. Não sei por que digo isso, nem conheci muito o cara, mas algo me diz que é assim que eu devo me sentir. Que devo ficar muito triste, pois a nesga escura fechou-se um poucos mais, e se eu me conformar simplesmente, ela vai acabar me sufocando. Mas isso é uma outra história que ainda não estou preparado para relatar. Sei que tenho que tomar cuidado com a minha vista e parar de ficar usando óculos escuros de camelô, podem não escurecer muito, mas detonam com a visão. Achou que vou dar uma de Bono Vox e usar óculos coloridos, de marca, pois não mudam quase nada. Eu reli uma coisa que tinha lido no começo do ano. Momentinho mais “O Diabo Veste Prada”. Comecei a entrar em muitos detalhes, melhor parar por aqui. Se se interessarem por saber o porquê, é só me perguntar, se me sentir seguro junto a ti, contar-lhe-ei tudo. Por enquanto, o túmulo se fechou.
Esse parágrafo não era pra existir, mas achei muito cedo terminar o texto, e o fim dele eu achei bom o suficiente para continuar sendo o fim. Então vou escrever mais algumas coisinhas entre o texto e o fim dele. Entendeu? Não que eu tenha mais muito que dizer, na verdade nunca o tenho. Mas gosto de fazer como agora, passar um café na cafeteira, colocar uma musiquinha mais calma e martelar o teclado. Desse modo eu fico tão feliz, sim, sinto que sou um tipo de deus, afinal, sinto-me capaz de criar. Nesse ponto invejo as mulheres que dão à luz serezinhos como nós. Eu tenho que qualquer dia desses, agora que lembrei, contar-lhes a teoria de uma amiga minha, que diz que Jesus, para ela, é igual um zangão, do ponto de vista de como foi gerado. Se eu não me esquecer, eu conto essa história, ou hoje mais tarde, ou mais tarde quando já for amanhã, depende apenas da minha disposição, veremos, veremos. Mas acho que já ta bom ir parando, estou começando a me cansar. Quer dizer, estava, o café parece que fez efeito só agora. Eu sou realmente muito engraçado, confirmo, eu mesmo, isso. É sempre assim, tomo uma cafeteira inteira e depois, quando começo a ficar extremamente excitado, que é sempre quando não preciso mais dessa sensação, eu começo a tomar calmante. Até me lembrei da velhinha do topa na pantera: “Fuma um, toma um chá, fuma um, toma um chá”. Acho que estou indo pro mesmo caminho que ela, só que no meu caso a culpa é do café. Triste há de se dizer. Depende do ponto de vista. A última que se falarei hoje antes de finalizar é sobre a imagem, convite do Hopi Hare, que faço a alguém: você não quer me levar lá não?
Tentei colocar esse texto ontem, mas já virou hoje. Adoro pensar na metafísica das convenções humanas. São tão doidas. O virar do dia, as somas, os dias, as horas... a vida?


Convite; convida-me?


O mais legal em se ver filmes “sessão da tarde” é se deixar levar pela emoção que eles tentam destilar. Eles são uma droga, não por serem ruins, quer dizer, também por isso, mas principalmente por serem paliativos. Todo filme desse estilo nos comove, convenhamos, misturam a música certa, o cenário e nos levam na maior maciota. Mas é só passar um tempinho, dependendo do seu nível de vício, minutos, você começa a julgá-lo como se fosse o pior filme do mundo, então você assiste a outro parecido, por que todos são, sente as mesmas coisas, a felicidade deliciosa de ver a mocinha e mocinho juntos, o tesão pelo amor alheio, etc. e tal. É uma máfia que quer nos viciar em droga cada vez pior, querem nos lambuzar num melado cada vez mais doce. Cheguei a essa conclusão porque acabei de ver um desses. Fiquei até abalado, foi mais forte o nível “alucinógeno” desse. Nunca tinha provado uma droga tão grande. Os efeitos colaterais foram tantos que estou até comentando um fato, constrangedor, que eu nunca deveria revelar. Odeio esses filmes, mas quando rola de passar por um deles, não me contenho, sim, já sou um viciado mesmo.
Depois desse desabafo, precisado ressalte-se, vamos falar de coisas sérias. Morreu um professor da minha faculdade hoje, nunca tinha tido aula com ele, mas sei lá, fiquei triste. A faculdade deve ter perdido uma das pessoas mais decentes que houveram de existir. Não sei por que digo isso, nem conheci muito o cara, mas algo me diz que é assim que eu devo me sentir. Que devo ficar muito triste, pois a nesga escura fechou-se um poucos mais, e se eu me conformar simplesmente, ela vai acabar me sufocando. Mas isso é uma outra história que ainda não estou preparado para relatar. Sei que tenho que tomar cuidado com a minha vista e parar de ficar usando óculos escuros de camelô, podem não escurecer muito, mas detonam com a visão. Achou que vou dar uma de Bono Vox e usar óculos coloridos, de marca, pois não mudam quase nada. Eu reli uma coisa que tinha lido no começo do ano. Momentinho mais “O Diabo Veste Prada”. Comecei a entrar em muitos detalhes, melhor parar por aqui. Se se interessarem por saber o porquê, é só me perguntar, se me sentir seguro junto a ti, contar-lhe-ei tudo. Por enquanto, o túmulo se fechou.
Esse parágrafo não era pra existir, mas achei muito cedo terminar o texto, e o fim dele eu achei bom o suficiente para continuar sendo o fim. Então vou escrever mais algumas coisinhas entre o texto e o fim dele. Entendeu? Não que eu tenha mais muito que dizer, na verdade nunca o tenho. Mas gosto de fazer como agora, passar um café na cafeteira, colocar uma musiquinha mais calma e martelar o teclado. Desse modo eu fico tão feliz, sim, sinto que sou um tipo de deus, afinal, sinto-me capaz de criar. Nesse ponto invejo as mulheres que dão à luz serezinhos como nós. Eu tenho que qualquer dia desses, agora que lembrei, contar-lhes a teoria de uma amiga minha, que diz que Jesus, para ela, é igual um zangão, do ponto de vista de como foi gerado. Se eu não me esquecer, eu conto essa história, ou hoje mais tarde, ou mais tarde quando já for amanhã, depende apenas da minha disposição, veremos, veremos. Mas acho que já ta bom ir parando, estou começando a me cansar. Quer dizer, estava, o café parece que fez efeito só agora. Eu sou realmente muito engraçado, confirmo, eu mesmo, isso. É sempre assim, tomo uma cafeteira inteira e depois, quando começo a ficar extremamente excitado, que é sempre quando não preciso mais dessa sensação, eu começo a tomar calmante. Até me lembrei da velhinha do topa na pantera: “Fuma um, toma um chá, fuma um, toma um chá”. Acho que estou indo pro mesmo caminho que ela, só que no meu caso a culpa é do café. Triste há de se dizer. Depende do ponto de vista. A última que se falarei hoje antes de finalizar é sobre a imagem, convite do Hopi Hare, que faço a alguém: você não quer me levar lá não?
Tentei colocar esse texto ontem, mas já virou hoje. Adoro pensar na metafísica das convenções humanas. São tão doidas. O virar do dia, as somas, os dias, as horas... a vida?
Convite; convida-me?


O mais legal em se ver filmes “sessão da tarde” é se deixar levar pela emoção que eles tentam destilar. Eles são uma droga, não por serem ruins, quer dizer, também por isso, mas principalmente por serem paliativos. Todo filme desse estilo nos comove, convenhamos, misturam a música certa, o cenário e nos levam na maior maciota. Mas é só passar um tempinho, dependendo do seu nível de vício, minutos, você começa a julgá-lo como se fosse o pior filme do mundo, então você assiste a outro parecido, por que todos são, sente as mesmas coisas, a felicidade deliciosa de ver a mocinha e mocinho juntos, o tesão pelo amor alheio, etc. e tal. É uma máfia que quer nos viciar em droga cada vez pior, querem nos lambuzar num melado cada vez mais doce. Cheguei a essa conclusão porque acabei de ver um desses. Fiquei até abalado, foi mais forte o nível “alucinógeno” desse. Nunca tinha provado uma droga tão grande. Os efeitos colaterais foram tantos que estou até comentando um fato, constrangedor, que eu nunca deveria revelar. Odeio esses filmes, mas quando rola de passar por um deles, não me contenho, sim, já sou um viciado mesmo.
Depois desse desabafo, precisado ressalte-se, vamos falar de coisas sérias. Morreu um professor da minha faculdade hoje, nunca tinha tido aula com ele, mas sei lá, fiquei triste. A faculdade deve ter perdido uma das pessoas mais decentes que houveram de existir. Não sei por que digo isso, nem conheci muito o cara, mas algo me diz que é assim que eu devo me sentir. Que devo ficar muito triste, pois a nesga escura fechou-se um poucos mais, e se eu me conformar simplesmente, ela vai acabar me sufocando. Mas isso é uma outra história que ainda não estou preparado para relatar. Sei que tenho que tomar cuidado com a minha vista e parar de ficar usando óculos escuros de camelô, podem não escurecer muito, mas detonam com a visão. Achou que vou dar uma de Bono Vox e usar óculos coloridos, de marca, pois não mudam quase nada. Eu reli uma coisa que tinha lido no começo do ano. Momentinho mais “O Diabo Veste Prada”. Comecei a entrar em muitos detalhes, melhor parar por aqui. Se se interessarem por saber o porquê, é só me perguntar, se me sentir seguro junto a ti, contar-lhe-ei tudo. Por enquanto, o túmulo se fechou.
Esse parágrafo não era pra existir, mas achei muito cedo terminar o texto, e o fim dele eu achei bom o suficiente para continuar sendo o fim. Então vou escrever mais algumas coisinhas entre o texto e o fim dele. Entendeu? Não que eu tenha mais muito que dizer, na verdade nunca o tenho. Mas gosto de fazer como agora, passar um café na cafeteira, colocar uma musiquinha mais calma e martelar o teclado. Desse modo eu fico tão feliz, sim, sinto que sou um tipo de deus, afinal, sinto-me capaz de criar. Nesse ponto invejo as mulheres que dão à luz serezinhos como nós. Eu tenho que qualquer dia desses, agora que lembrei, contar-lhes a teoria de uma amiga minha, que diz que Jesus, para ela, é igual um zangão, do ponto de vista de como foi gerado. Se eu não me esquecer, eu conto essa história, ou hoje mais tarde, ou mais tarde quando já for amanhã, depende apenas da minha disposição, veremos, veremos. Mas acho que já ta bom ir parando, estou começando a me cansar. Quer dizer, estava, o café parece que fez efeito só agora. Eu sou realmente muito engraçado, confirmo, eu mesmo, isso. É sempre assim, tomo uma cafeteira inteira e depois, quando começo a ficar extremamente excitado, que é sempre quando não preciso mais dessa sensação, eu começo a tomar calmante. Até me lembrei da velhinha do topa na pantera: “Fuma um, toma um chá, fuma um, toma um chá”. Acho que estou indo pro mesmo caminho que ela, só que no meu caso a culpa é do café. Triste há de se dizer. Depende do ponto de vista. A última que se falarei hoje antes de finalizar é sobre a imagem, convite do Hopi Hare, que faço a alguém: você não quer me levar lá não?
Tentei colocar esse texto ontem, mas já virou hoje. Adoro pensar na metafísica das convenções humanas. São tão doidas. O virar do dia, as somas, os dias, as horas... a vida?

25 setembro 2006


Queria poder ser um infortúnio na vida de alguém, mas será que já não o sou? Fiquei divagando nO Estorvo, do Chico, será que eu vou no futuro ser igual ao EU daquele livro? Não sei amanhã, mas hoje eu sou, um estorvo no mundo das palavras.
Estou muito cansado. Comecei a me cansar disso aqui, e vejam só, só fazem três dias que escrevo. Confesso que escrevi até que bastante, mas é como eu dizia, escrever é um dos meus maiores prazeres individuais. É um prazer sem tamanho.
Vamos aos fatos. Sai de casa, e fui caminhando por uma rua triste, que só é triste hoje, Domingo serenoso, cheguei numa rua que é sempre confusa, queria me atirar em meio à confusão, mas morrer na Consolação é de deixar qualquer um desconsolado (argh).
Quando eu cheguei à ponte, vi que lá em baixo, onde eu estava indo, estava bem cheio. Isso me encheu de alegrias. Odeio esperar ônibus em ponto vazio. Desci a escadaria do calvário de meus temores. Mas sorte minha ninguém estava pra me açoitar. Esperando, vi-a passar e sentar e jogar os cabelos pra trás com tamanha delícia, que nem sei como estou aqui. Ela achou que estava na hora de se ir, levantou-se, mas o ônibus que passou não era o dela. Sentou-se novamente. Mas dessa vez, antes de o fazer, olhou para mim. Sentou-se suavemente, como que a dizer que queria era sentar em mim, e que sentaria tão maciamente, que era só prazer o que eu poderia sentir. E lancei-lhe o meu olhar, como que a dizer, sente-se em mim, e não sentirá dor alguma, só sentirá se preencher, de um amor tão grande, que nunca irá querer ir embora. Nada aconteceu, afinal, como vocês percebem, estou aqui, e se tivesse acontecido, aqui eu nunca voltaria. Nesse transloucado ir e vir de pensamentos e olhares, meu ônibus chegou. Fui para onde estava indo. Mas como sempre, a viagem só começa quando o transporte citado lota. Aí sim é uma verdadeira viagem. Começamos a roçar nossos corpos vigorosamente, e o referido veículo estava recém lavado. Muita água no chão, e nós, muitos suores nos corpos. É feito uma dança, cada um escolhe seu parceiro e começa a curtição. Sorte minha ter sido muito bem escolhido por uma loirinha fogosa. Comecei a pensar que eu era o Tato e ela a Cicarelli. Mas eu não estava afim de ser preso por pouco.
Eu queria era ter passado despercebido pelo mundo, hoje ao menos. Ser invisível. Se fosse pra causar, teria de ser como quase foi com a loirinha, mas eu ia querer alguém que valesse a pena, a Cicarelli não, eu ia querer a Xuxa, só pra ouvir que eu sou um sabonetinho (bleh).
Mas não foi hoje que tive um, ao menos, de meus sonhos realizados. Contentei-me em ir na festa da minha prima, conversar com meus tios, comer, ganhar uma “marmita” de sanduíches. O que me ganhou o dia, na verdade, foi sentar-me no metrô. Consegui encontrar pessoas mais “doidas” (de legais) que eu. Elas coreografavam os movimentos de parada, aceleração e as curvas. Espetáculo maravilhoso, melhor ainda foi o momento em que, de maneira muito organizada, já tendo pressentido que uma freada muito brusca viria, eles caíram no chão com um baque surdo. Foi catártico. Me levantei no ato, urrei e bradei Bravos até não poder mais, mas foi estranho, parece que eles eram anti-atores, não gostaram muito das minhas saudações e cumprimentos.
Quando eu fiz a baldeação o espetáculo continuou. Sentado eu estava quando entraram alguns amigos, muito felizes e cochichando distribuíram seus papéis. E começaram, eram jovens que haviam acabado de sair de alguma festa boa, tamanho era o grau de ebriedade. Um se agarrou na barra superior esquerda do vagão e não havia nada que o tirasse de lá. Outro sentou-se com o rosto entre as mãos. Alguns ficaram de pé, meramente encostados. Então começaram a falar alto, consegui pegar o mote da história, não muito bem, pois os temas iam e vinham em minha direção feito cavalos selvagens, aos borbotões. Finalmente entendi o ato que começava. Um tinha ficado com a namorada do outro, sem que esse soubesse, e o burro do corneante deu com a língua nos dentes, contou tudo pro traído. Esse, feito um touro, e pelos chifres encarnou perfeitamente, levantou bufando e deu um coice bem no meio do peito daquele, que girou no ar e parecia que ia se estupefazer no chão, mas não, deu uma risada, teve um soluço. Eu ia aplaudir a brilhante encenação, mas o que havia sido soluço, na verdade era uma ânsia e ele pôs-se a vomitar na minha direção. Tive que ir pro fundo do metrô. Mas não sem antes lançar um olhar irônico para os atores, fazer uma reverência e sair andando com algumas risadas permeando meus respirares.
Por fim cheguei em casa, e chorei, pois todo o meu dia fora perdido, uma vez que o dormi todo.
A culpa é do café



O coração bate acelerado
E a ânsia que me vem
È da ansiedade
Culpa da falta que sinto de você

Eu me desintegro em mil partículas
Do que fôramos há muito tempo
Perco-me no infortúnio de nossa separação
E sofro, sofro muito
Por ainda estar assim
Se eu te perdi.
Que se me perder é triste
Eu triste não mais serei.
Não agüento mais a ingratidão e falta de inconstância
Expero que experando o mundo me expere
E pare
Pare em mim
Pra que parado eu não tenha mais como me perder de você

Se eu continuar nesse desloucamento descontinuado
O que será de mim?
Serei só um pedaço de pó

Ai ai
Como eu queria ser seu pai
E poder me abusar de você
Enquanto Você gritasse
Ai ai paizin não faiz assim
Me pega por trás
Preu gozar benzim...

24 setembro 2006


"Dizem que em algum lugar, parece que no Brasil, existe um homem feliz."
Se eu pudesse usar todo o meu poder o que eu faria? Faria que este domingo não estivesse tão cinzento e chuvoso e que ela estivesse comigo. O "ela" poderia ser qualquer uma, eu só queria ter uma "ela" agora pra ir comigo na festinha de uma prima. Por que não? Mas como eu não tenho, rumino. Com todo o meu poder o que eu poderia fazer? Nada , afinal, usar todo o poder é ser louco. E os loucos perdem seus poderes para uma camisa de força. Bem, eu usei a letra da música Yeah Yeah Yeah Song pra refletir o que eu faria com todo o meu poder. Eu queria fazer tudo aquilo, acabar com o mundo com apenas o uso de um botão, fazer com que todos ficassem pobres pra que só eu fosse rico. Adoraria não ter que trabalhar, ser cigarra, cantando enquanto vocês trabalhariam. Queria pegar todo o amor do mundo pra mim, e não ter que dar nada em troca. Eu iria querer tudo porque não me conheço.
Tudo isso por causa dessa maldita chuva. Sereno da terra que garoa. Odeio quando fica assim, feito um lusco-fusco. Arre, por que não fica de um jeito ou de outro? Intermitências são ridículas. Mas como eu dizia, eu queria a minha ela. A minha amada pessoa maior. Ontem conheci umas meninas até que legais. Mas elas não me queriam, queriam o meu sexo. Fiquei refletindo, após meu primeiro cachê como puto, se eu seria feliz assim, vendendo meu prazer, por que sim, eu gozo e gosto muito de ser como sou. Bem, não vou parar por enquanto não, o dinheiro que ontem ganhei, ia demorar um ano pra juntar, mas vou gastar agora, todo, sem nem pestanejar, pra não ter que lembrar, que me vendi, pra não mais te amar.
Pronto, tirando esses cinco minutos melancolia, eu estou hoje é muito bem. Quero dançar, festejar em festa de prima pequena, conversar com tios mais velhos. Quero continuar rindo, antes que voltem a rir de mim. Não riam de mim, riam para mim. Ou comigo da nossa imbecilidade.
Ei ei ei ei ei ei ei...... alguém me disse que a vida era triste, balela, Maiakovski disse que existia sim, um único homem feliz no mundo, e que ele deveria estar no Brasil, acertou. Esse homem sou eu. E não queiram dizer que vocês também são, não são, por dois motivos, primeiro pois podem ser mulheres e essas felizes nunca são nem serão, só possuem alguns simulacros, e os homens, coitados, vocês são os simulacros.
Cansei de meter dedo em teclado, pra escrever tanta asneirices, mas é que são de coração. Então só digo mais uma coisa. Vivam. Não queiram ser felizes, felicidade é para uma pessoa só, para o resto, é só um arrastão da onda que essa minha felicidade espalha. Façam feito pessoas na praia, peguem jacaré nessa minha onda. Que onda não?

23 setembro 2006


Até que prum primeiro dia hoje foi bem produtivo.......
Espero que diferentemente do amigo aí de cima, as parcas deêm a este blog um fio bem grande.
Saudação a todos que morreram e até amanhã.
Seus Ais

Sobre o azul
Que azul?
De nossa colcha
Consumamos nossos pesares
Por que os nossos prazeres
A muito tempo é coisa frouxa
Que nem temos, quanto menos
Podemos a eles nos entregar

Fiquei feliz que estivesse aqui
E muito mais estou agora
Que já fostes embora
Uma vez que não me dava, muito sofri

Agora que não te tenhos sofro mais
E entendo
Que mesmo não te comendo
Eu vivia pros seus Ais
“A verdade é que estamos passando uma verdadeira crise, crise de não nos saber. Esperava te ver hoje aqui, mas não te vi e você sabe muito bem o porquê. Cansei de nos termos só virtualmente, agora eu quero que esteja comigo.”
Terminando de ler aquele e-mail eu me senti meio que impotente, queriam-me, mas do jeito que deveria ser eu nunca poderia me entregar. Eu não sou bem, como se diz, uma pessoa que se entrega. Se eu disser que sou seu, acredite; as palavras pra mim são feito flechas disparadas e eu nunca tento para-las, depois de ditas, simplesmente deixo que sigam seus caminhos.
Eu fiquei pensando, sou amado. Mas e que quer isso dizer? Abri a geladeira peguei um pedaço de queijo. Abri a adega e peguei um vinho. Abri uma caixa e peguei meu cachimbo. Abri um pacote de fumo. Muita coisa se abriu. Menos eu.
É a mais pura verdade, nunca vou conseguir me abrir. Então conformar-se com o que eu digo é só o que se pode fazer. E já não é alguma coisa? Pelo menos eu jogo limpo, mas claro, assumo os riscos também. Não sei o que eu esperava que fosse acontecer, mas só de ter pego tudo o que eu peguei queria dizer algo, normalmente não combino algumas das melhores coisas do mundo sem esperar pela melhor. Idiota fui. O máximo de prazer que eu poderia ter agora seria: 1 degustativo, 2 na melhor das hipóteses algum prazer individualista que sempre se arraiga em mim.
Comecei a comer o queijo bebendo do vinho, o cachimbo viria depois, pra não alterar o paladar de nada. Bem, depois de um certo tempo resolvi acende-lo. Adoro aquele gosto adocicado. E comecei a pensar novamente:
Sou amado, e o melhor, de todas as maneiras, afinal, odeio ser amado homeopaticamente. Mas por que eu não consigo retribuir esse amor? O que me falta? Será que nunca amarei novamente? Sim, eu sei que dessa vez é diferente, que eu nunca havia experimentado tal possibilidade de amor, pois sim, de prazer já havia há muito. Concordo, esse prazer sempre fora meio esdrúxulo.
O telefone tocou, ouvi sua voz, ouvi seu convite e respondi: “não! Nos falamos mais tarde pela internet”, e desliguei o telefone. Odeio ser pressionado, ainda mais por quem diz que me ama, e só me faz pensar que o que quer é um portinho seguro, por mais miserável que seja, um lugarzinho pra se sentir bem. Odeio ser esteio. Prefiro ser um mar aberto e bem turbulento. Talvez seja por isso que as pessoas se afastem de mim. Mas e eu com isso?
Sentei-me em frente à minha Remington e comecei a te escrever essa carta, você me abandonou, eu sei que teve seus motivos, mas queria te mostrar como estou agora, fechado, melhor, morto e enterrado a sete palmos do solo. Você não pode fazer nada, eu sei, mas eu posso. Eu posso desistir de tudo, e é isso que agora faço. Não tenho mais motivos para continuar com toda essa enrolação, com toda essa vida de misérias e falta de sentimentos, se for para secar, que eu seque por completo. Se te escrevo é pra dizer que vou sair dessa vida da única maneira que eu consigo encontrar, única maneira honrosa. Escrevo pra te dizer que virei prostituto. E a partir de hoje, quero que saibas, que cada gozo que eu fizer alguém conseguir, é um pedaço de mim que você seca, assim, como secastes o meu coração.
Ainda que demonstre que sinto por ti tamanho ódio, entenda, isso é máscara, que esconde que ainda a amo muito, mas como não quero me abrir, me fecho e como não sei mais quem sou, aproveito até mesmo para mudar de nome, a partir de agora eu sou Ricardo.
O porquê do nome é de extrema importância, uma vez que ele é uma antítese salvadora. Estou cansado de tantas elucubrações cerebrinas, o que eu quero daqui em diante é a ejaculação celebrada. Sim, eu quero o gozo. O esporro que acontece feito foguete. O primeiro salário depois de muito tempo trabalhando. Quero que aquele exercício árduo e que nos leva a um momento de êxtase seja comemorado. Vamos parar de pensar de uma vez. Não é isso que vivem dizendo que não fazemos? Então, pra que discutir que pensamos? Parando de milonga vou falar tudo de uma só vez: este blog visa o meu entretenimento individual preferido, visa enaltecer aquela fantástica experiência que alguns de nós temos. Estou falando do escrever, aquele outro entretenimento também é válido, mas não gosto de compartilhá-lo muito abertamente, até porque não gostaria de ser enquadrado em atentar ao pudor. Mas sim, irei contra o pudor em meus textos, podem ficar tranqüilos quanto a isso. Os textos que eu quero por aqui, em sua maioria, são coisas desconexas que passam pela minha cabeça, recortes em sépia do meu dia-a-dia, somados a algumas ficções. Sei lá se isso aqui vai pra frente, mas vou tentar, pela 169089349082349ª vez manter um blog de periodicidade diária. Mas, como não sou político, já aviso de cara que isso não é uma promessa. Eu ia escrever mais um monte, dizer que minhas pretensões para dissertar sobre política, meio ambiente, ou seja, coisas sérias é quase nula, uma vez que estou aqui para me entreter, não para entreter quem quer que seja, se isso acontecer, melhor ainda, afinal, vou me sentir um escritor (escrevinhador?); no entanto não vou escrever mais nada, fiquei o dia inteiro dizendo que ia estudar, até agora nem sequer abri um livro, já baxei vídeo (A casa do Lago) e legenda, sincronizei os dois, assisti vídeo no cabo e agora estou perdendo o meu tempo aqui, com vocês que podem nem sequer existir, então, tchau.