18 outubro 2006

O Úniverso numa casca de mim mesmo.

O feriado foi exaustante, a semana que veio em seguida foi degradante. Estou morto. Comecei a usar agasalhos, nem no inverno eu estava usando tamanho era meu “pique”. As pessoas começaram a inquirir sobre a minha saúde. Baixou a imunidade? Você está triste. O quê que tem te acontecido? Acabei-me em mim mesmo. Diversos motivos. Por exemplo os questionamentos abaixo. Mas vou mudar agora. Sei lá, eu ando ambicionando tanto à mudanças, que talvez agarrar essa chance seja uma boa idéia. Mudar pra melhor ou pra pior? Nem sei ainda, tenho que deixar acontecer. Estou feliz com as conclusões as quais cheguei. Deixem-me em paz, só o que eu quero, é continuar a existir.


A inovação bestializante do mundo das cores se deu de maneira reconfortante. Eu na praia, sinestesia anestesiante e uma certa malícia nos lábios. O que aconteceu na verdade foi um enxerto de elucubrações desatinadas numa mente aliviada. Havia me cansado de tanta coisa que me cansava aos poucos, não que tenha sido a gota da água que transborda o copo. Na verdade foi o transbordo.
Imagine o seguinte: uma praia repleta de simulacros de uma experiência sua. Você, um antropo-cientista-filósofo, sem necessidades monetárias ou de sucesso. Comecei a analisar o mundo ao meu redor e fiquei extasiado. O SER HUMANO EXISTE. E o que isso quer dizer? Nem eu mesmo sei, mas ele existe e não consegue se conformar com isso. Precisa dar razão ao seu existir. O universo, por outro lado, só existe. Essa é a maior antítese que consegui conceber até então. A experiência foi marcada por tantos desatinos, que pode ser muito bem compreendido pela falta de lógica no texto que digito.
Entre tantos vai-e-vêns que existiram no meu 12 de outubro em diante, seja comemorando santa, projetos de pessoas, descobrimento das Américas ou mesmo o fato de o Brasil, querendo se igualar aos países frescos da Europa, que criterizaram o que é uma champagne ou como fazer uma pizza, criou a frescura dos brigadeiros D.O.C. (Denominação de Origem Controlada) que possuem medidas e o diabo a quatro criterizados, eu pude beber muito. Bebi pelos motivos supra-citados e por eu não querer mais nada além de existir. Desisti de querer marca minha existência. Agora o que eu quero de verdade é beber minhas Tequilas Sunrises e comer meus Brigadeiros DOCs.
Voltando ao caso das inovações é de fundamental importância alertar a todos que o existir humano, por si só se basta. Nada além disso é necessário para que vivamos em total bestialidade. Mas a vida feito animais seria muito mais humana. Pois o ser humano só é forte hoje, pois, predador, preda a si mesmo. Bestializado teríamos de predar outros seres, uma vez que nos predando, nos extinguiríamos. Por isso prego que o ser humano comece refutando os ideais de futuro, destino e fatalidades que por aí vão. Devemos nos libertar de verdades (?) antigas. Nem sabemos se são verdadeiras. Nos apegar ao fato de que devemos simples e puramente existir. Será que isso por si só não é o bastante para nossas satisfações?

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