02 outubro 2006

Quem mexeu no meu queijo?



O tempo que passou sem que eu escrevesse decorreu do fato de onde eu estava, Lorena, a internet que eu tinha à minha mão ser idêntica ao meio de transporte típico de lá: uma carroça. Mas hoje estou de volta ao meu computador de sempre. Quanto à teoria que eu disse que iria contar, fica para uma outra hora qualquer, hora em que eu esteja sem o que escrever.
Hoje eu preciso escrever algumas elucubrações que tive. Como o fato de eu ainda estar desolado com minha vida atual. Estou seguindo um apóstolo agora. O Apóstolo do Rainer Maria Rilke. Para quem não conhece esse texto vou transcrever sua tese principal, quem conhece poderá relembrar.
Aqueles que celebram como Messias transformou o mundo inteiro num enorme hospício de doentes incuráveis. Os fracos, os miseráveis e os inválidos são seus filhos e seus favoritos. Então os fortes viriam ao mundo apenas para proteger, servir e velar por esses inermes seres? E se eu sinto em mim um fogoso entusiasmo, um entusiasmo intenso e celeste para a luz, se subo com firmeza o caminho escarpado e pedregoso, devo acaso, quando vejo já flamejar o divino fim, inclinar-me para o inválido caído à beira do caminho? Devo anima-lo, erguê-lo, arrasta-lo comigo e gastar a minha força ardente a tratar desse cadáver impotente que, alguns passos adiante, cairá de novo, prostrado? Como havemos nós de subir, se todas as nossas forças forem aplicadas em proteger e erguer os miseráveis, os oprimidos e até mesmo os preguiçosos hipócritas que não têm medula nem alma?

Não sei se já é hora de falar sobre isso, talvez ainda seja muito cedo. Quem saberá? Sei que está na hora de eu fazer alguma coisa, pois já me cansei, e muito, de tudo isso aqui ao meu derredor. Espero que ainda haja tempo para tal mudança. Que será forte, rápida e implacável. Será que já está na hora de mudar o mundo?

2 comentários:

Anônimo disse...

eu leio.

=]

sorrisos.

VyGui disse...

viu..

ela lê

=]