19 abril 2007

Uma frustração na cidade grande: ou de volta a Macondo.



Enfim volto a escrever, e escrevo para dizer que sou novamente um camponês infeliz, ou quase, só falta tirarem meus cigarros, minhas bebidas e minha mais nova mulher.
O que de fato me aconteceu foi um desvio de rota profissional, pois sim, larguei a tão amada e idolatrada faculdade de Direito, para voltar as insalubres salas de aula medíocre-preparatórias. Quem sabe esse ano, começarei a cursar Filosofia, e também quem sabe esse ano, terei sucesso na minha escolha e seguirei com ela até o final. Mas isso, só Deus sabe.
As mulheres, como todos sabemos, graças a Jah, são feito correnteza, vão e vão. Vir? Isso é coisa sobrenatural que só pessoas feito Jesus Cristo conseguem milagrosamente mudar. Acontece que no momento fui amarrado a uma correnteza que me leva e leva e leva. Pra onde? Isso nem eu mesmo sei, só sei que estou sendo levado.
A moral de tudo isso, é que não existe moral, muito menos final feliz em tudo isso. A sorte é que aqui em Lorena, igual em Macondo, coisas deliciosamente boas acontecem com os personagens. Bebidas alcoólicas saem das torneiras aos borbotões, orgias dionisíacas são freqüentes e lassidão mental nos acomete a cada dia seguinte que vivemos. Um verdadeiro paraíso àqueles que precisam de coisas como essa para criarem, não o meu caso. Já estou de volta a praticamente dois meses, e tirando as pseudo-poesias românticas que continuo a ejacular, esse será o primeiro texto a se concretizar. Espero que ele seja a bolsa que estoura antes de parirmos, ou dar-mos à luz, coisas muitas.
Eu tenho muitas coisas a contar, mas a lassidão mental voltou. Acho que vou falar sobre isso, não muito, mas o suficiente, espero. Em determinadas horas aqui na cidade o fluxo de bebidas alcoólicas pelos canos diminui, caso a ser investigado, uma vez que ninguém sabe o porquê, e no lugar de deliciosos destilados ou fermentados, um líquido diferente toma o vazio dos canos, então, quando bebemos da torneira, sem perceber a diferença, entramos num estado de lassidão, não imediatamente, uma vez que outros fenômenos juntos é que criam essa sensação.
Após bebermos, inocentemente, o líquido estuporante, nada sentimos. Acho que por sempre nos encontrarmos em verdadeiro estado de coma alcoólico. Então, breves segundos de verdadeira inspiração nos acomete, como esse que me levou a começar a escrever. Por fim, no meio de criações espetaculares, vários concidadãos escutam um breve silvo, e param tudo o que estão fazendo, criações maravilhosas são perdidas, para simplesmente deitarem-se. Muitos, como eu, fazem isso em grupo, pela cidade mesmo já foram espalhadas várias espreguiçadeiras, camas e afins. Simplesmente nos encontramos num mesmo estado e resolvemos compartilhar de um mesmo repouso. O problema desse fato é que, passada nossa dormência , nosso apetite sexual sofre um estonteante desenfreiamento e é aí que começamos as orgias pela cidade. Um decreto de nosso Rosadíssimo Prefeito foi baixado em nosso favor, uma vez que o desejo que nos acomete é causado pela própria empresa de abastecimento e saneamento. Mas vai explicar isso pras enfermeiras que reclamam cada vez mais da alta taxa de natalidade. Mas vamos levando nossas vidas. Aqui tudo é muito fácil, como por exemplo, o fato de que serei um futuro pai em casos de 7 ou 8 meses, dependendo da mãe. Não é lindamente comemorativo isso? Serei pai. Aha haha aha.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pra dar continuidade a esse clima de fertilidade , serei o primeiro a iniciar a enxurrada de comentários insadecidos.heheheh.

Exageros a parte, gostei do texto, ainda mais porque acabei de ler os Cem anos de Solidão, como você bem sabe.

flw

Anônimo disse...

putz... qntas palavras parnasianas.. a proxima vez q eu entrar aki terei q vir acompanhada por um dicionario... e orgias dionisiacas em Lorena? Onde? (naum precisa responder... ¬¬)

t+...